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Isabel dos Santos sai do EuroBic e vê contas congeladas

A CONTAS COM A JUSTIÇA

Todas as contas em Portugal foram arrestadas pela justiça daquele país na sequência de uma carta rogatória com origem em Luanda. Procuradoria-Geral da República aguarda a resposta de Portugal sobre as medidas aplicadas no âmbito do processo judicial em que a empresária é arguida.

O Ministério Público português arrestou todas as contas de Isabel dos Santos naquele país, a pedido da PGR angolana, numa altura em que a empresária fechou a venda da sua participação no EuroBic aos espanhóis da Abanca.

Este arresto inclui-se no âmbito de pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades nacionais, depois de Isabel dos Santos ter sido constituída arguida pelo por suspeitas de má gestão e desvio de fundos da Sonangol. Esta semana o procurador-geral Hélder Pitra Grós esteve no Dubai, com o mesmo propósito e recebeu a garantia que os Emiratos Árabes Unidos também vão ajudar Angola.

Em causa está a "suspensão provisória de execução de operações de débito das contas bancárias" no âmbito de pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades angolanas, avança a imprensa portuguesa. Ou seja, Isabel dos Santos está impedida de movimentar dinheiro em dezenas das suas contas pessoas no Eurobic, BPI e Millennium BCP, entre outros. De acordo com o jornal digital Eco, este bloqueio engloba a execução de ordens de pagamento de salários, rendas, impostos, fornecedores e honorários de advogados, e poderá pôr em causa o pagamento dos empréstimos da empresária nos bancos visados.

Também foram congeladas as contas da portuguesa Paula Oliveira, arguida e accionista de uma empresa que surge na investigação Luanda Leaks ligada à transferência de milhões da Sonangol para offshores. Desconhece- se se foram igualmente arrestadas contas de Sindika Dokolo e do gestor português Mário Leite da Silva (ex-PCA do BFA), também constituídos arguidos em Angola.

Fonte da PGR angolana adiantou ao Expansão que esta entidade aguarda ainda pelo relatório da sua congénere portuguesa para avaliar as medidas aplicadas no âmbito de uma carta rogatória. Ainda de acordo com a imprensa portuguesa, a decisão judicial de congelamento de contas surge também após a comunicação do EuroBic de operações suspeitas ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e à Unidade de Informação Financeira (UIF) portuguesa. (...)


(Leia o artigo integral na edição 561 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)