BAI faz queixa-crime para responsabilizar quem expôs chefe de gabinete do PR
Em causa estará a violação do sigilo bancário que expôs uma transacção de 17,6 milhões USD numa conta BAI do ex-ministro de Estado e actual chefe do gabinete do Presidente João Lourenço.
O Banco Angolano de Investimento (BAI) deu entrada nos órgãos de justiça de um processo- crime para apurar e responsabilizar os autores da divulgação de um alegado extracto bancário que mostra uma transacção de 17,6 milhões USD para as contas do ex-ministro de Estado e chefe da casa civil e actual chefe do gabinete do Presidente da República, Edeltrudes Costa, conforme avançou o semanário português Expresso.
A reacção do maior banco angolano em activos - mais de 2 de biliões Kz até ao terceiro trimestre de 2019 - surge na sequência da divulgação por vários meios de imprensa nacionais e estrangeiro e redes sociais, que dão como provados os dados contidos no referido extracto bancário, o que entretanto põe em causa o cumprimento do dever de segredo bancário por parte do banco.
"Informa- se que o Banco BAI SA interpôs, junto da autoridade competente, uma participação criminal para apuramento dos factos, circunstâncias e eventuais responsabilidades", lê-se na nota do banco distribuída à imprensa.
Na sua edição online de domingo passado, o Expresso avança que os 17,6 milhões USD entraram para as contas do actual chefe de gabinete de João Lourenço no BAI, por forma de depósito, a 5 de Julho de 2013. O montante foi aplicado, nos dias imediatamente a seguir ao depósito, em "títulos garantidos" do BAI.
Nem o banco, nem o Palácio Presidencial, onde trabalha Edeltrudes Costa, respondeu às perguntas do Expansão sobre em que circunstâncias é que o dinheiro foi parar às contas do homem que controla o gabinete de João Lourenço. (...)
(Leia o artigo integral na edição 561 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)