A diminuição da posição cambial dos bancos em moeda estrangeira e a obrigatoriedade de em até 15 dias procederem às transferências solicitadas pelos clientes, medida que entrou em vigor este mês, está refrear a ida da banca aos leilões de divisas do BNA, admitem fontes do sector ao Expansão.

Naquele que é o segundo mês em que a banca comercial está autorizada a comercializar directamente com as petrolíferas a compra de moeda estrangeira - em Janeiro foram negociados quase 280 milhões USD - o Kwanza apreciou 0,4% face à moeda norte-americana desde o início do mês, com a taxa de câmbio média desta terça-feira a estar fixada nos 493,958 Kz por dólar, já que as divisas não têm sido totalmente absorvidas pela banca, cumprindo-se, assim, a lei da oferta e da procura. Em Fevereiro, a banca ficou apenas com 55% dos 490 milhões USD colocados pelo BNA nos leilões de divisas, equivalente a 271 milhões USD.

Tendencialmente, quando os bancos não preenchem a totalidade das divisas colocadas em leilão, o Kwanza aprecia face às moedas estrangeiras. Quanto às razões para os bancos não absorverem a totalidade das divisas colocadas nos leilões, fontes do sector admitem que são já os efeitos de alterações recentes à política cambial do País que impedem que os bancos façam um stock "quase indiscriminado de divisas".

Trata-se da obrigatoriedade de proceder às transferências solicitadas pelos seus clientes em quinze dias, ou informar porque não o fazem, mas também da redução de 5% para 2,5% da sua posição cambial em moeda estrangeira. Acresce, ainda, a questão de também estarem a negociar divisas directamente com as petrolíferas. (...)

(Leia o artigo integral na edição 562 do Expansão, de sexta-feira, dia 21 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)