Luz e transportes mais baratos só com reforma das empresas públicas
Apesar dos alertas, o FMI vê sinais positivos na economia namibiana, à medida que o impacto da seca diminui e a produção no sector mineiro sobe.
A Namíbia deve esforçar-se para remover os obstáculos que contribuem para os elevados custos de electricidade e transporte, reformando as empresas públicas que actuam nestes sectores, defendeu o Fundo Monetário Internacional (FMI), no final de uma visita ao país, chefiada por Geremia Palomba, que destacou ainda a necessidade de analisar a falta de quadros qualificados no país.
Numa declaração, no final da visita realizada no âmbito das consultas ao abrigo do Artigo IV, Palomba reforçou a necessidade de o governo continuar políticas de ajuste fiscal para estabilizar a dívida pública, estimada em 50,9% do PIB, e equilibrar o ajuste com reformas mais amplas para apoiar o crescimento.
O FMI espera que o PIB se torne positivo em 2020, à medida que o impacto da seca do ano passado diminui e a produção no sector da mineração aumenta, mas não deixa de alertar para os riscos decorrentes de um declínio no crescimento global à medida que as ameaças do vírus SARS-CoV-2 (que origina a doença COVID-19) se materializam e venham a provocar uma diminuição nas receitas fiscais, no âmbito da União Aduaneira da África Austral (SACU).
"Na preparação do orçamento para o ano fiscal 2020/2021, os planos de ajuste fiscal de médio prazo do governo e as medidas de política de apoio devem ser claramente identificados", defende o FMI, que estima uma taxa de crescimento de 1,6%, em 2020, situando o PIB em 14,9 mil milhões USD. (...)
(Leia o artigo integral na edição 564 do Expansão, de sexta-feira, dia 6 de Março de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)