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Gestão

Covid-19: Liquidez de crédito e resiliência são ferramentas para os bancos

Em análise

A questão que se levanta é: será que os reguladores irão adiar a introdução de novas regras, previamente planeadas, para evitar mais disrupção e, em contrapartida, permitem aos bancos focarem-se totalmente nesta crise? Muitos manifestam-se acerca do efeito no recente IFRS9 standard, no âmbito do IFRS e CECL, que impõe aos bancos provisões antecipadas face aos bad loan.

A crise pandémica gerada pela Covid-19 tem tomado conta dos nossos dias, com actualizações e desenvolvimentos a cada hora. Muitos países, incluindo Portugal, encontram-se em estado de emergência nacional enquanto lutam para conter a disseminação do vírus.

Em tempos como este, os bancos desempenham um papel fundamental no contexto económico de cada País, nomeadamente as instituições financeiras nacionais, dado que são estes que fornecem liquidez para apoiar o investimento das empresas e de particulares.

Desde de Março de 2020, as decisões dos bancos centrais têm sido verdadeiramente significativas e decisivas. A Reserva Federal nos EUA reduziu as taxas de juro para zero e lançou um pacote de 700 mil milhões USD de injecção de liquidez na economia. O Banco Central Europeu suspendeu taxas e estendeu até Setembro o seu programa de injecção de liquidez na economia.

Estas entidades anunciaram medidas de apoio aos bancos para empréstimos e expansão dos seus programas de compra de acções. Em paralelo, seis dos maiores bancos centrais, a nível mundial, incluindo a Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu, uniram-se para baixar as suas taxas para swaps de moeda, de forma a ajudar os mercados financeiros a funcionar dentro da normalidade.

No caso de Portugal, foi apresentado um conjunto de regras e instrumentos para responder à actual situação de pandemia no sentido de aliviar as empresas e as famílias, quer através de concessão de linhas de crédito específicas, quer na determinação de moratórias de crédito em determinadas circunstâncias.

Estas medidas extraordinárias definem o contexto em que os bancos operam presentemente para melhor apoiarem os seus clientes empresariais e particulares. Tal como o definido em Portugal, outros países anunciaram a flexibilização das obrigações financeiras para alguns negócios já afectados pela actual crise e/ou para alguns clientes com hipotecas. Algumas empresas estão já a considerar, junto dos seus bancos, converter os seus financiamentos para modelos onde pagam apenas os juros. Nos EUA, e possivelmente noutras geografias, os bancos estão a deixar de fazer recompras de acções (criando valor aos accionistas) para que mais capital possa ser alocado à actividade de financiamento. (...)

*Partner da KPMG

(Leia o artigo integral na edição 570 do Expansão, de sexta-feira, dia 17 de Abril de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)