Confiança dos empresários em terreno negativo há cinco anos, mas pessimismo está a diminuir
As perspectivas da economia no curto prazo, no IV trimestre de 2019 melhoraram ligeiramente, tendo recuperado 3 pontos, embora permaneçam em terreno negativo. A construção continua o mais pessimista, enquanto a indústria extractiva e a comunicação melhoraram positivamente.
O pessimismo dos empresários e gestores empresariais, medido pelo Indicador de Clima Económico (ICE) do INE, recuou três pontos percentuais (pp) nos últimos três meses de 2019, saindo dos -7 pp, no III trimestre, para os -4 pp nos últimos três meses do ano passado, influenciado pela melhoria do indicador de confiança da indústria extractiva e da comunicação, comparativamente ao período homólogo.
O ICE corresponde à média dos Índice de Confiança (IC) dos sete sectores de actividade considerados no inquérito de Conjuntura Económica do INE nomeadamente: Indústria Transformadora, Construção, Comércio, Transportes, Indústria Extractiva, Turismo e Comunicação. Os IC sectoriais reflectem a opinião dos empresários e gestores dos sectores sobre as perspectivas de desempenho do respectivo ramo de actividade no curto prazo.
Os -4 pp negativos do ICE correspondem ao saldo das respostas extremas, isto é, a diferença entre as avaliações positivas e negativas dos empresários e gestores sobre as perspectivas de evolução da economia. Nos últimos três meses de 2019, em média, a percentagem de empresários que tem perspectivas negativas sobre a marcha da economia nacional no curto prazo excedia apenas em -4 pp a percentagem dos que tinham perspectivas positivas.
O inquérito é de âmbito nacional e envolveu 1.638 empresas, das quais 907 são do sector do Comércio.
Em termos sectoriais, destaque para o IC da Indústria Extractiva que em 2019, registou uma marcha positiva tendo fechado o ano nos 5 pp, depois de ter encerrado 2018 nos -7 pp (ver página 4). Essa evolução positiva é justiçada com a nova política adoptada para o sector dos petróleos e diamantífero e o aumento dos investimentos. (...)
(Leia o artigo integral na edição 572 do Expansão, de sexta-feira, dia 1 de Maio de 2020, em papel ou na versão digital disponível aqui)