As associações empresariais do sector produtivo estão a pressionar o Governo para acelerar o processo de cedência de crédito, no âmbito das medidas de alívio dos efeitos da Covid-19, para ajudar as empresas a atravessar esta fase da crise provocada pelo coronavírus, num momento em que os efeitos económicos da pandemia se tornam cada vez mais negativos.

Os empresários queixam-se dos timings definidos pelo Governo e reconhecem que as medidas adoptadas em nada podem valer se as autoridades não olharem para a situação real das empresas e resolver os problemas das mesmas no curto prazo.

Depois do anúncio do pacote de 448 mil milhões Kz, no início de Abril, para a ajuda às Micro, Pequenas e Médias Empresas, o Governo garantiu que o pacote de financiamento seria disponibilizado para a produção nacional e à importação de insumos para a produção agrícola em todo o território nacional. Tratavam-se de medidas de efeito imediato, mas algumas delas ainda estão por cumprir, nomeadamente para apoiar a produção nacional.

Nos últimos dois encontros entre o Ministério da Economia e Planeamento (MEP) e as associações empresariais ficou patente a necessidade de uma discussão inclusiva e aberta que permita às empresas e ao Governo atender às reivindicações dos empresários.

"O que está em causa neste momento é a questão da disponibilidade dos financiamentos, mas pelo andar da carruagem, os créditos não serão disponibilizados antes do início do ano agrícola", explicou o empresário Mário Afonso, da MD Trading, uma empresa que se dedica à importação e produção de fertilizantes e calcário dolomítico, matéria-prima, para a correcção dos solos. (...)

(Leia o artigo integral na edição 574 do Expansão, de sexta-feira, dia 15 de Maio de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)