OPEP nega pedido de Angola para ser excepção aos cortes
O País solicitou ao cartel que lhe permitisse cortar menos do que prometeu nesta primeira fase dos cortes de produção. O cartel recusou. Enquanto isso, o petróleo angolano já começou a ser vendido com prémios, ou seja, acima do preço de referência no mercado de futuros.
A OPEP negou o pedido de Angola, Nigéria e Iraque para abertura de uma excepção no cumprimento dos cortes de produção a ser feitos nos próximos 2 anos ao abrigo do acordo da OPEP + assumido nas reuniões de 8 e 9 de Abril, apurou o Expansão.
De acordo com fontes ligadas ao processo, o ministro dos Petróleos alegou que o País vive problemas de tesouraria que o impedem de cumprir integralmente com a sua quota de 23% de redução da produção em Maio e Junho e de 18% de Junho a Dezembro. A líder do Cartel, a Arábia Saudita, declinou o pedido destes países explicando que todos os produtores de crude estão a passar por dificuldades de tesouraria e por isto a razão não é aceitável.
Ainda de acordo com as mesmas fontes, para evitar que os outros países venham a fazer o mesmo pedido, o secretário-geral da OPEP, o Argelino Mohammad Barkindo, publicou um comunicado no website do cartel a informar a todos os signatários que o acordo é para cumprir integralmente.
A organização está a publicar no seu website os planos de cortes para dois anos de alguns membros e outros signatários, entre os quais a Noruega, que não é membro da OPEP, mas subscreveu o referido acordo.
A Arábia Saudita que já se havia comprometido a reduzir a produção para 8,5 milhões de barris a partir de Maio, reagiu publicamente esta terça-feira anunciando um corte adicional de um milhão de barris de petróleo em Junho. Estratégia seguida por outros parceiros como Kuwait e Emirados Árabes (...)
(Leia o artigo integral na edição 574 do Expansão, de sexta-feira, dia 15 de Maio de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)