Joaquim Ventura, ex-secretário de Estado da Energia do Governo de José Eduardo dos Santos, entre 2012 e 2017, foi recuperado por João Lourenço para assumir o cargo de PCA da PRODEL. Uma nomeação que apanhou de surpresa alguns técnicos superiores da empresa, muito críticos face às práticas do passado, e que acreditavam que estava em marcha uma nova forma de gerir o sector. Estava fora da esfera do poder há mais de dois anos, noutra área de intervenção social.

Acrescente-se que Joaquim Ventura era chefe executivo da ENDE até assumir a função de secretário de Estado no início de 2012. Foi reconduzido em Outubro de 2012, no novo governo saído das eleições, liderado por José Eduardo dos Santos, e manteve-se no cargo até à posse de João Lourenço, em Outubro de 2017, altura em que foi substituído por António Belsa da Costa.

Esteve em alguns dos processos mais "badalados" do sector, nomeadamente a negociação com os fundos internacionais de investimento, a compra das turbinas para as novas barragens e a entrada de Isabel dos Santos na Efacec de Portugal. Era frequentemente conotado com os interesses do general Kopelipa, de acordo com as informações que o Expansão conseguiu apurar.

Com Joaquim Ventura, entram no conselho de administração da PRODEL, Euclides Morais de Brito, Benício Machado e Rosa Miguel, como administradores executivos, mantendo-se no conselho Pedro Afonso, que ocupava o cargo de administrador para a Área de Produção Hídrica. Francisco Vasconcelos Júnior e Emanuela Vieira Lopes mantêm-se como administradores não executivos. (...)

(Leia o artigo integral na edição 575 do Expansão, de sexta-feira, dia 22 de Maio de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)