Angola acelera a implementação da estratégia que visa assegurar maior liquidez no mercado de dívida pública, com a atribuição da primeira das cinco "licenças" permitidas por lei para actuar como operador Preferencial de Títulos do Tesouro (OPTT) ao Banco de Fomento de Angola (BFA).

"Com o surgimento de OPTT's pretende-se criar condições para evitar que o Estado se financie a qualquer preço", revelou ao Expansão fonte do Ministério das Finanças.

Ao assinar o acordo de Operador Preferencial de Títulos do Tesouro, o BFA e todos os que poderem vir a receber este "estatuto" passarão a ter acesso aos títulos antes dos outros e com taxas diferenciadas (mais baixas) a nível do mercado primário para depois revende-los em mercado secundário a taxas atractivas para os investidores, acrescentou a fonte. "O objectivo é criar uma rede de "grossistas" que têm acesso aos títulos no mercado primário, ficando com a responsabilidade de depois revendê-los no mercado secundário", disse.

Entretanto, esta vantagem tem condições entre as quais se destaca a obrigatoriedade de realizar lances de compra e venda de títulos sempre que solicitado ou que o mercado necessitar, bem como respeitar as margens de venda que serão controladas e não poderão ultrapassar os limites estabelecidos por lei sob pena de perder o título de OPTT.

Um operador Preferencial de Títulos do Tesouro compra com desconto muito grande e tem margens mais reduzidas. Deixa de ganhar muito em poucas operações e é incentivados a realizar um volume maior de operações de venda, ganhando mais margem por via da repetição da operação. (...)

(Leia o artigo integral na edição 576 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Maio de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)