A crise provocada pelo Covid-19 obrigou a maioria das empresas a adaptarem-se subitamente à nova realidade de trabalho remoto, levantando desafios especialmente difíceis para as empresas angolanas.

Do ponto de vista tecnológico, esta crise obrigou as empresas a implementar profundas alterações: desde restabelecer as actividades prestadas nos espaços físicos, que repentinamente foram suspensas, ao escalonamento das ferramentas necessárias para garantir a comunicação entre todos os trabalhadores.

A adopção de novas ferramentas e técnicas é, por isso, uma decisão táctica absolutamente essencial para que as empresas possam garantir a continuidade dos seus negócios. Mas, para que este esforço possa ser preservado e capitalizado no pós-Covid, é necessário ter em conta que este é apenas um primeiro passo que terá de ser conciliado com uma redefinição das estratégias de segurança informática e filosofia de trabalho. É unânime o reconhecimento de que este período, tão negativo por um lado, se tem revelado uma oportunidade para as organizações reinventarem a sua dinâmica de trabalho.

A redução do tempo despendido pelos colaboradores no percurso diário para o escritório e a respectiva poupança ambiental ou a optimização de custos por parte das organizações pela redução dos espaços de trabalho necessários serão benefícios a ter em conta daqui em diante pelos gestores.

Por outro lado, a dispersão geográfica dos colaboradores obrigará a que o processo de tomada de decisão das organizações sofra uma profunda descentralização e a agilização da partilha de informação será um factor essencial para que isso aconteça.

*Manager EY, Advisory Services

(Leia o artigo integral na edição 578 do Expansão, de sexta-feira, dia 12 de Junho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)