No meu último artigo quis prestar homenagem não só a George Floyd, mas a todas as pessoas que são vítimas de racismo. É absolutamente lamentável que, nos dias de hoje, ainda se vivam tantos e tantos casos de racismo pelo mundo fora. Eu tive o privilégio de viver e trabalhar cerca de 8 anos em Angola, sendo que os últimos 2 anos desses 8 foram passados a viajar por vários países devido às minhas funções. Países como Senegal, Nigéria, República Democrática do Congo, Congo, Costa do Marfim, Gana, Camarões e África do Sul. Em contexto pessoal, tive a oportunidade de viajar ainda por outros países africanos.

Nunca me senti superior, nem inferior a ninguém, seja pela nacionalidade, cor da pele, ou por ser mais baixo ou mais alto, ou mais gordo ou mais magro. Tenho a absoluta certeza que se qualquer um de nós tivesse o azar de se cortar, a cor do sangue seria a mesma. Convivi em festas, casamentos, jantares e almoços, "copos" com várias pessoas enquanto vivi em África. E sempre fui muito bem recebido e acarinhado. Houve sempre uma forte reciprocidade no respeito entre todos.

Sempre respeitei a cultura, tradições e costumes angolanos e dos outros países por onde passei. E é assim que deve ser. Percebo bem que a história não tem sido amiga do povo angolano. Primeiro com uma longa colonização portuguesa, que teve muito de mau e algum de bom. E depois teve muitos anos de guerra civil entre o MPLA e a UNITA, que destruiu muito do que o País tinha. No entanto, Angola, como País soberano e independente, tem tudo para ser fantástico e é um excelente sítio para se viver e trabalhar.

Mas não é só com Angola que a história não tem sido uma boa companheira. Muitos outros países africanos têm o mesmo problema.

*Expert in Human Resources & Entrepreneur, Certified Coach PLD19, Harvard Business School Alumni

(Leia o artigo integral na edição 579 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Junho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)