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Angola

Inflação homóloga acelera pelo sétimo mês consecutivo pressionada pela alimentação

Evolução dos preços em Maio

A inflação homóloga, entre Abril e Maio, acelerou 1,0 pontos percentuais (pp), saindo dos 21%, para os 22%, pressionada pelo aumento dos preços da alimentação, bebidas alcoólicas, saúde e hotéis, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Comparativamente ao mesmo período de 2019, a inflação anual registou um acréscimo de 4,68 pp, saindo dos 17,1%, em Maio do ano anterior, para os 22% no mês passado, um indicador que está a 3 pp da meta do Governo para este ano.

O Governo prevê, até ao final de 2020 uma subida da inflação para 25%, mas pela marcha dos preços, em Angola, especialistas acreditam que a meta pode ser furada antes do fecho do exercício económico. O economista José Lopes acredita que 2020 será um ano difícil para as famílias e para as empresas.

Os dados do INE indicam ainda que o custo de vida mensal no consumidor nacional, durante o período em análise, registou uma variação de 1,9%, ou seja desacelerou 0,1 pp em relação a Abril. A inflação mensal foi a única que não aumentou. A desaceleração, de acordo com os especialistas, não era esperada, tendo em conta a realidade do mercado de consumo, permanecendo a dúvida sobre os indicadores dos preços de Maio agora divulgados. Uma das grandes preocupações das nossas fontes prende-se com a queda do poder de compra e do consumo das famílias.

"As famílias perdem poder de compra todos os dias com a alta dos preços dos bens e serviços. Hoje um cabaz da cesta básica anda acima dos 80 mil Kz e não é crível que haja estabilidade dos preços em Angola, sobretudo na capital Luanda", refere o economista José Lopes, que reconhece existir, nos últimos dois meses uma pressão sobre os orçamentos das famílias que voltaram a gastar mais com a alimentação e saúde.

(Leia o artigo integral na edição 579 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Junho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)