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Quénia levanta restrições e anuncia voos internacionais

Voos domésticos retomam a 15 de Julho e internacionais a 1 de Agosto

Quatro países africanos anunciaram a abertura do espaço aéreo, depois do Egipto, que retomou os voos a 1 de Julho, para permitir a descolagem do sector do turismo e viagens, que segundo a União Africana, perdeu 55 mil milhões USD desde Abril. Mas a quarentena imposta por 36 países ameaça a descolagem, alerta a IATA.

O Quénia anunciou a reabertura gradual do país e suspendeu as restrições de viagens, permitindo que se retomassem os voos domésticos, a partir do dia 15 de Julho, e as viagens internacionais, a partir de 1 de Agosto, um mês depois do Egipto, que abriu o espaço aéreo a 1 de Julho.

A decisão foi comunicada pelo Presidente Uhuru Kenyatta, numa comunicação pela televisão, onde instou os quenianos a tomarem as precauções necessárias para que o abrandamento das restrições não signifique a progressão da Covid-19.

O Quénia junta-se ao Egipto, Seischeles, Senegal e Tanzânia, países africanos que assumiram o seu lugar na frente entre os que vão reabrir a economia ao exterior, para fazer descolar a economia, estagnada deste Março, e com o sector da aviação comercial a ser dos mais atingidos. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) estima uma quebra de 58,5% na procura de viagens em 2020, em África, a maior descida de todas as regiões do mundo.

As companhias aéreas da região "devem registar uma perda líquida de 2 mil milhões USD este ano, uma vez que as receitas de passageiros caem mais de 6 mil milhões USD em comparação com o ano anterior", refere a IATA, que representa 290 companhias aéreas que compõem 82% do tráfego aéreo global. Num comunicado de 2 de Julho, a organização estima uma perda de receita nos aeroportos africanos na ordem de 51%, que equivale a 2,2 mil milhões USD, temendo que a perda de empregos na aviação e indústrias relacionadas na região atinja os 3,1 milhões. O produto interno bruto (PIB) suportado pela indústria deverá cair 28 mil milhões USD. A título exemplificativo, a IATA lembra que, antes da Covid-19, a aviação apoiou 6,2 milhões de empregos na região, tendo contribuído com 55 mil milhões para o PIB africano.

Quarentena atrasa descolagem

Mas as medidas de quarentena impostas pelos governos em 36 países de África e Médio Oriente (AME) são um travão à descolagem do sector das viagens e turismo, já que 83% dos passageiros não estão dispostos a viajar quando a quarentena é necessária.

(Leia o artigo integral na edição 582 do Expansão, de sexta-feira, dia 10 de Julho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)