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"O artista precisa de trabalhar para render, não é um assalariado"

Kizua Gourgel

O cantor está envolvido na criação de uma associação dos profissionais da cultura, que pretende, numa só voz, solucionar problemas comuns. Kizua Gourgel estava em estúdio para gravar um novo disco, mas a pandemia da Covid-19 obrigou-o a parar.

A Associação Angolana dos Profissionais e Produtores de Eventos e Cultura, apresentada quinta-feira, dia 9, surge para chamar a atenção para as necessidades dos criadores e promotores de eventos culturais nesta fase de pandemia?

Não se trata de chamar a atenção, mas no sentido de encontrar soluções para alguns problemas já existentes na classe e que se agravaram com a crise pandémica e para outros que surgiram com ela. O sector da cultura e dos eventos carecia de unidade entre os seus intervenientes. A situação actual simplesmente afunilou o caminho, levando-nos a um passo que já era necessário: o associativismo.

Quais os problem as são mais urgentes?

A profissionalização no sector, representatividade perante as instituições, quer estatais quer privadas, e a regulamentação da indústria da cultura e eventos.

A associação vai imprimir maior rigor na tomada de decisões institucionais?

Com certeza! O facto de a APPEC congregar a totalidade dos subsectores da área permite representatividade unificada, o que facilita a colaboração com as instituições. Esse é um dos pilares da criação da associação.

Em qual das áreas culturais os profissionais se sentem mais "marginalizados"?

No geral, existem questões que precisam de ser resolvidas. Qualquer problema numa das áreas afecta, consequentemente, as outras. Daí a solução de todas as áreas se juntarem na associação, numa só voz, em busca de objectivos comuns.

Depois de apresentada, qual será, digamos, a primeira acção da Associação?

Naturalmente, o seu objectivo fundamental. Ou seja, a aproximação às instituições estatais e, em colaboração, identificar os problemas, dificuldades e as soluções. A APPEC visa ser um parceiro estratégico do Estado na resolução dos problemas da classe.

Em que medida a associação vai estimular as indústrias culturais?

O facto de se encontrarem soluções para os problemas da classe vai, naturalmente, fazer com que a indústria da cultura e eventos se solidifique. O que gera maior capacidade e, consequentemente, mais investimento e o crescimento da indústria.

Porque aderiu a este grupo e qual o seu papel?

Os objectivos são comuns a todos os intervenientes da área de cultura e eventos. Eu não podia ficar de fora, principalmente por ter experiência em associativismo dentro do sector e capacidade para dar um bom contributo. É uma questão de responsabilidade.

(Leia o artigo integral na edição 582 do Expansão, de sexta-feira, dia 10 de Julho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)