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Sasol renuncia a licença de exploração de gás offshore em Moçambique

Empresa mantém operação em terra

Após década e meia de prospecção, a empresa sul-africana na área do petróleo chegou à conclusão que os blocos 16 e 19 não eram viáveis comercialmente.

A Sasol vai renunciar à sua licença de exploração nos blocos 16 e 19, na costa de Moçambique, entre Inhambane e Sofala, anunciou a empresa sul-africana, após "avaliação do potencial de impacto ambiental.

Num comunicado divulgado segunda-feira, a empresa informa que vai entregar as duas licenças ao governo e emitir uma "notificação de retirada às autoridades moçambicanas", reduzindo a sua área de exploração em Moçambique de 10.546 quilómetros quadrados para 2.857 quilómetros quadrados.

A Sasol ganhou a licença de pesquisa dos dois blocos offshore em Junho de 2005. Desde aí a empresa realizou "actividades de exploração em águas profundas nas áreas de licença".

Mas, em 2013, decidiu abdicar da licença em águas profundas, mantendo a prospecção na "área de águas rasas com o objectivo de definir um programa de trabalho futuro para avaliar o potencial de hidrocarboneto restante", refere a empresa, que concluiu não ser viável comercial a exploração dos dois blocos.

"A sustentabilidade é parte integrante de como a Sasol conduz os negócios, sustentada pelo nosso compromisso com o cumprimento de toda a legislação ambiental e com a realização de qualquer actividade de exploração de maneira ambientalmente responsável", conclui.

A empresa sul-africana mantém a exploração de gás em terra em Pande e Temane, na província de Inhambane, no sul de Moçambique, investimento que tem merecido críticas.

Em 2017, o Centro de Integridade Pública (CIP) denunciou o "conflito de interesses no negócio de gás em Inhambane, onde a empresa Sasol, que explora este recurso o vende a preço baixo a si própria na África do Sul". "

(Leia o artigo integral na edição 582 do Expansão, de sexta-feira, dia 10 de Julho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)