Trocas comerciais de Angola com África representam só 3% do total do comércio com o mundo
A soma das exportações e importações angolanas, no ano passado, ascendeu a cerca de 17,8 biliões Kz, dos quais apenas 608,9 mil milhões Kz se referem a trocas comerciais com o continente africano. Estes dados de África são vistos pelos empresários como oportunidade para o País se abrir ao mercado livre africano.
As trocas comerciais (exportações e importações) com o continente africano representam apenas 3,0% do total do comércio de Angola, o equivalente a 608.916 milhões Kz, de acordo com cálculos do Expansão a partir dos quatro relatórios trimestrais de Estatísticas de Comércio Externo do INE de 2019.
No ano passado, Angola importou mercadorias no valor de 398.225 milhões Kz com origem em África, equivalente a 8% do total das importações do País, e exportou para países africanos um total de 210.691 milhões Kz, ou seja, 2% das exportações.
Contas feitas, as trocas comerciais com o continente foram de cerca de 608.916 milhões Kz, o equivalente a 3,0% dos cerca de 17.845.215 milhões Kz que representam a soma das importações e exportações angolanas no ano passado (ver página 4).
Analistas e especialistas, avançam que o País deve tirar maior proveito do comércio de proximidade geográfica e deve ser entendida como factor para potenciar as exportações angolanas, especialmente quando o País começar a abrir as fronteiras para o comércio na Zona de Comércio Livre
Continental Africana (ZCLCA), cuja data de implementação, prevista para 1 de Julho deste ano, foi adiada para 2021, por causa da pandemia da Covid-19.
O objectivo, de acordo com as fontes do Expansão, é potenciar o País para intensificar as trocas comerciais com os parceiros do continente africano.
O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, assegura que o País ganha bastante apostando nas exportações para o continente e em particular para os países vizinhos.
"Temos um grande mercado a nível da região que é o da RD Congo, para onde Angola pode vender combustíveis, cimento, peixe e outros produtos. É uma aposta ambiciosa e até para reduzir os níveis de contrabando na fronteira entre os dois países", refere o patrão dos patrões.
Para o empresário Alfredo Ulo, os produtores angolanos devem olhar para o mercado africano como uma oportunidade de tornar os seus produtos competitivos em termos de preços e qualidade, apostando numa produção em grande escala.
(Leia o artigo integral na edição 583 do Expansão, de sexta-feira, dia 17 de Julho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)