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Empresas & Mercados

Kwanza segue a apreciar pela segunda semana consecutiva

Com o dólar a custar 553,3 Kz e o euro 638,7 Kz no dia 22

A queda na importação de bens e serviços está a diminuir as necessidades de divisas das empresas importadoras. Esta tendência faz com que os bancos necessitem de menos recursos em moeda estrangeira, e faz cumprir a lei do mercado: menos procura, valores mais baixos.

A moeda nacional fechou quarta-feira, dia 22, a apreciar face às principais moedas estrangeiras, com o dólar a custar 553,34 Kz e o euro 638,72Kz, de acordo com as taxas de câmbio apuradas no período, disponíveis no website do banco central.

Considerando as taxas de câmbio apuradas na quarta-feira da semana passada, o kwanza apreciou 2,2% face ao dólar e 1,3% face ao euro, influenciados pela quebra nas importações devido à pandemia do coronavírus, que reduziu a actividade económica mundial e nacional, conforme observam analistas de mercados de três bancos da praça. Desta forma, diminuem as necessidades de adquirir moeda estrangeira pelos importadores.

Assim, o Kwanza fecha a segunda semana a apreciar, já que, na quarta-feira 8 de Julho, comprar 100 USD custava 57.295 Kz e nas quartas-feiras imediatamente a seguir passou a custar 56.594 Kz (dia 15) e 553,34 Kz (dia 22).

O mesmo cenário ocorreu com o euro. Quando a 8 de Julho eram necessários 64.779 Kz para comprar 100 euros, na semana seguinte, precisamente no dia 15, já só custava 64.679 Kz. E esta quarta-feira custava ainda menos, 63.872 Kz.

Ao Expansão, várias fontes do sector bancário admitiriam que as últimas alterações às regras do mercado cambial, com destaque para a introdução da plataforma de negociação FXGO da Bloomberg, está a gerar "impactos positivos" no sistema.

"A plataforma contribui imenso por permitir o acompanhamento das transacções em tempo real. A redução das importações por efeito da taxa de câmbio e estabilidade da oferta de cambiais também têm apoiado o percurso de estabilização", considerou outra fonte do banco central.

Por outro lado, admite-se ainda que tem estado a contribuir para a apreciação do Kwanza o facto de o banco central ter imposto às instituições bancárias a redução da sua posição cambial de 5% para 2,5%, numa medida que o regulador implementou no final do ano passado para as obrigar a "despachar" divisas a clientes e ao mercado interbancário.

Com esta imposição, o banco central evita que os bancos fa
çam grandes reservas de moeda estrangeira, tirando, assim, pressão ao mercado cambial, já que diminui a procura por divisas, o que potencia a apreciação da moeda nacional, numa lógica de mercado (procura e oferta).

(Leia o artigo integral na edição 584 do Expansão, de sexta-feira, dia 24 de Julho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)