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Subida do preço para valores históricos anima produtores

África do Sul e Zimbabué na expectativa com preço do ouro

Os dois países enfrentam, à semelhança da maioria das nações do continente, tempos difíceis devido à propagação da pandemia. O ouro é a principal mercadoria exportada por ambos, e a subida dos preços nos mercados internacionais deixam antever uma subida nas receitas para minorar a recessão económica.

A cotação do ouro nos mercados internacionais ultrapassou, pela primeira vez na história, a barreira dos 2.000 USD por onça, afirmando-se como o activo de refúgio de eleição em tempo de pandemia, e animando as economias dos maiores produtores africanos do metal amarelo.

Desde o início do ano que o ouro tem vindo a subir, contando uma valorização acumulada de 30%, contrastando com outras commodities, como o petróleo ou os diamantes, cujas cotações foram fortemente afectados pelo efeito Covid-19 nas economias em todo o mundo.

Os recentes estímulos do banco central nos Estados Unidos empurraram as taxas de juro da dívida pública da maior economia do mundo para mínimos históricos, e o facto de o dólar também estar a cair a pique, faz com que os investidores procurem outras alternativas de investimento. Assim, numa altura em que os investidores estão avessos ao investimento, o ouro tem sido uma das apostas de refúgio, o que contribui para a sua valorização.

Outrora o principal produtor mundial de ouro, a África do Sul ocupa hoje a oitava posição dessa lista, depois de a partir de 2006 a produção das suas principais minas terem entrado em declínio. Ainda assim, o ouro é uma parte importante do Produto Interno Bruto (PIB) do maior produtor africano, que é também o país mais afectado pela pandemia no continente, com 51% dos casos registados em África. Segundo estimativas do Banco Africano de Desenvolvimento, o PIB do país pode cair para o valor mais baixo nos últimos 90 anos, registando uma contracção entre os 6,3% e os 7,3%.

Ainda antes da pandemia, a economia mais industrializada do continente estava já num forte abrandamento económico, tendo crescido apenas 0,2% no ano passado. A indústria do ouro naquele país emprega actualmente 95.130 pessoas, número que está a descer ano após ano.

(Leia o artigo integral na edição 586 do Expansão, de sexta-feira, dia 7 de Agosto de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)