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Opinião

Internet durante e pós pandemia da Covid-19

Convidado

No momento em que nos encontramos, de confinamento devido à pandemia da Covid-19, podemos notar a importância de vários serviços que vieram participar na mudança do nosso modus vivendi, neste já conhecido como novo normal. Com o confinamento, vemos a necessidade de fazermos uso, cada vez mais e sem cessar da internet, fazendo um desvio considerável na nossa recta orçamental, pelo teletrabalho, pelo ensino às nossas crianças via Zoom, as videoconferências, nas igrejas, no parlamento, nos hospitais, nas empresas, enfim. A internet.

Então o que é a internet? É um sistema global de redes de computadores interligados que utilizam um conjunto próprio de protocolos (Internet Protocol Suit ou TCP/IP) com o propósito de servir progressivamente usuários no mundo inteiro. Permite ligação entre milhões de empresas privadas, públicas, academias e governos. Proporciona uma gama de recursos de informação e serviços.

De maneira análoga, definindo o sangue como um fluido corporal que percorre o sistema circulatório em animais vertebrados, formado por uma porção celular de natureza diversificada. O sangue circula por todo o nosso corpo através das veias e artérias, como a internet nas redes interligadas. Fazemos esta comparação entre a internet que circula nas redes e o sangue que circula no nosso corpo, para compreender a importância que a internet tem (hoje principalmente), no nosso novo estilo de vida, tornando-a indispensável. Então, merece uma atenção especial por quem de direito, devendo considerar como um serviço tão essencial, cujo custo é elevadíssimo, o que tem estado a arrasar o bolso do cidadão. É importante e urgente, controlar o preço deste serviço, e repensar na prestação do mesmo de 24/24 horas, aumentando as vias de acesso, bem como a sua qualidade.

Estudos feitos pela McKinsey & Company, reportam que o acesso à internet em Angola bem como no resto de África é considerado bastante baixo. A África subsariana tem uma das taxas mais baixas de penetração da internet no mundo, de acordo com o Banco Mundial, com cerca de 22% de utentes em comparação com a média global de 44%. Outra fonte, cujo Relatório Anual de Acessibilidade da Aliança para Internet (A4AI na sigla inglesa), os consumidores de países africanos pagam as taxas mais altas do mundo para ter acesso a internet. Apenas 27% da população africana tem acesso a essa ferramenta de comunicação, incluindo Angola.

O Relatório sobre Economia Digital, elaborado pela Conferência das Nações Unidas, diz que entre 4,5% a 15,5% do PIB mundial, vem da economia digital. Há nações que anunciaram para o seu grande plano de relançamento económico neste período de recuperação económica, investimento nas infraestruturas para internet de banda larga, como aconteceu no Reino Unido.

*Economista e docente universitário

(Leia o artigo integral na edição 588 do Expansão, de sexta-feira, dia 21 de Agosto de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)