Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Mundo

Banco Mundial quer mais reformas na Nigéria como flexibilização da moeda e fim de subsídios

Empréstimo de 1.500 milhões USD adiado

É improvável que o Banco Mundial aprove um financiamento de 1.500 milhões USD à Nigéria em Agosto, conforme estava planeado, já que a organização exige mais reformas, avançou a Reuters esta semana, citando três fontes familiarizadas com as negociações. Um atraso no financiamento desta instituição multilateral pode deixar a maior economia de África e o maior produtor de petróleo incapaz de financiar totalmente um orçamento recorde de quase 28.350 milhões USD.

Segundo o banco central nigeriano, o déficit da balança de pagamentos da Nigéria neste ano será 14 mil milhões USD. O Banco Mundial, que disse que a Nigéria pode estar a caminhar para a sua maior crise fiscal em 40 anos, tinha como objectivo levar o pedido de financiamento ao seu board este mês, mas as fontes revelaram que as negociações sobre as contrapartidas, ou seja as reformas, a realizar pela Nigéria estão incompletas.

"Eles não estão convencidos sobre as reformas", disse uma fonte próxima do governo. As três fontes não quiseram ser nomeadas devido à sensibilidade das negociações, revela a Reuters. Uma delas acrescentou que a moeda nacional é a questão central, isto porque apesar de a Naira ter desvalorizado duas vezes este ano, será ainda insuficiente para o Banco Mundial, já que este pretende uma reforma no sentido da flexibilização da moeda.

Os empréstimos do Banco Mundial geralmente dependem de reformas. No âmbito das negociações, o Banco Mundial não fez qualquer pedido formal, mas já tinha avisado que era recomendada uma taxa de câmbio mais unificada e flexível.

Os subsídios ao combustível e à electricidade também estão em discussão já que, em relação aos combustíveis, apesar de o governo dizer que já eliminou os subsídios implementando um preço flutuante, duas das fontes garantem que o Banco Mundial sentiu que o mecanismo utilizado não é suficientemente transparente.

(Leia o artigo integral na edição 588 do Expansão, de sexta-feira, dia 21 de Agosto de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)