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Empresas & Mercados

Peso da indústria no PIB tem de duplicar para atingir média da SADC

Plano de industrialização 2022 em discussão

O Governo pôs à consulta dos empresários, gestores e especialistas o Plano de Industrialização de Angola (PDIA-2022), documento que tem em conta as prioridades do País a nível regional e africano, para a transformação estrutural da economia, traduzindo-se no aumento do peso do sector industrial no Produto Interno Bruto (PIB) e no emprego. Com uma média anual de 5%, o peso da indústria no PIB em Angola é duas vezes menor à média regional, que ronda os 11,5%.

Olhando para estes indicadores, o Governo, nas metas estabelecidas dentro do PDIA, no horizonte 2022, indica que o crescimento do peso da indústria transformadora no PIB, deverá passar de um valor de base de 6,6% em 2017, para mais de 9% em 2022, ficando, ainda assim, abaixo da média da SADC. Este aumento deverá resultar, segundo o plano, da aposta no desenvolvimento de infra-estruturas e da consolidação dos mecanismos regulatórios que garantam a estabilidade do mercado e melhoria do ambiente de negócios, o que vai permitir aumentar o investimento na indústria e a consequente geração de empregos.

Apesar de se desenhar uma boa perspectiva com esse programa, os empresários e gestores apontam a burocracia e a instabilidade cambial como factores desencorajadores do investimento, não só no sector produtivo.

Aliás, nos últimos 10 anos, a indústria transformadora tem vindo a aumentar a sua contribuição para a economia nacional, tendo alcançado 5,5% do PIB, em média, nos últimos três anos que antecederam 2019, atrás da extracção e refinação do petróleo e da construção, respectivamente com 24,9% e 12,8 no mesmo período. Apesar do desempenho positivo, o PIB da indústria ainda é residual se olharmos para o sector nos últimos três anos, com 2019 a ser o pior dos últimos três anos.

Os números são positivos, mas, ainda assim, abaixo da média da região. No mesmo período, de acordo com os dados do INE, os estados membros da SADC registaram um valor médio de 11,5%, enquanto os países da África Subsariana alcançaram o patamar dos 10% e a África do Sul teve uma participação em torno dos 13,4% do PIB.

Nessa perspectiva, o Governo entende, com a proposta do PDIA 2022, que é preciso melhorar as condições de competitividade da economia nacional, nomeadamente a estabilidade macroeconómica, qualificação de quadros, desenvolvimento de infra-estruturas, funcionamento dos merca
dos e inovação, para responder à integração do País no mercado regional, africano e mundial.

(Leia o artigo integral na edição 590 do Expansão, de sexta-feira, dia 4 de Setembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)