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A política não deve falar mais alto do que a razão social

Terêncio Caiove Chiwale

Começou a escrever poesia em 2001, sem pensar em lançar um livro.
Mas conversas com um editor resultaram numa colectânea.
A publicação de "Prefácio do Amor" acontece, agora, em fase de pandemia. Um livro totalmente custeado
pelo seu bolso.

O que retrata o livro "Prefácio do Amor"?

Retrata o amor, experiências vividas, de forma individual e colectiva. Encontramos também desabafos, experiências da África corrompida, onde a corrupção continua a pernoitar as famílias. A verdade é e sempre será verdade, não adianta transparecer verdadeiro e, no fim de tudo, a pessoa é falsa, no seu interior. Temos outro detalhe importante: a vida é imprevisível. Conhecemos o respirar, agora; noutro segundo, já estamos perante o desconhecido.

Há quanto tempo projectava o lançamento do livro?

Escrevo desde 2001 e nunca tive a ideia, em primeira instância, de que poderia publicar um livro, antes pelo contrário, ia escrevendo. Em 2012, o jornalista Bussulo do Livro realizou um concurso, Letras Sagradas, e ao vencedor cabia a edição do livro digital. Poucas pessoas tiveram acesso ao lançamento, em 2013. E, nesse mesmo instante, pessoas mais próximas, questionavam, "quando é que poderemos ter um livro físico?" Em 2018, por interacção do Sedrick de Carvalho, partilhámos ideias, ele recebeu os textos e começou-se a organizar o material em 2019, com o objectivo do fazer o lançamento em Março de 2020,

no momento das aulas no ensino superior. Surge então a pandemia. A impressão estendeu-se até Junho de 2020 e surgiu 1 de Setembro, não é uma data especial, é um dia escolhido.

E vai lançar-se agora, nesta fase complexa?

A fase é complexa, mas a vida continua. Aprendi que o ar que respiro hoje não será o mesmo de amanhã. As oportunidades na vida são para serem vividas e não desleixadas. A vida mostrou que este é o momento certo para a publicação da obra, que foi produzida em Lisboa, e ensina-nos que devemos ser persistentes.

Escrever e publicar um livro é muito caro?

Escrever é fácil, publicar um livro é muito caro, sobretudo aqui, em Angola. No caso do estrangeiro, o desalfandegamento torna-o caro, mas com boa qualidade. Já cá, as exigências obrigam a tirar 500 exemplares, com orçamentos elevadíssimos, e não aceitam números inferiores.

Contou com apoios?

Felizmente, tive apoio emocional. O financeiro, cobri todos os gastos. Eu tinha de cumprir com os objectivos que estabeleci num programa radiofónico em 2018, onde disse que publicaria a obra. Não medi esforços.

(Leia o artigo integral na edição 590 do Expansão, de sexta-feira, dia 4 de Setembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)