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Angola

Falta de condições técnicas não convence a classe política

Primeiras eleições autárquicas adiadas sine die

As primeiras eleições autárquicas no País foram adiadas, depois de os membros do Conselho da República considerarem que não há condições para a sua realização, como estava previsto, este ano. No entanto, a justificação de que não há condições não convence os políticos, que contrapõem, afirmando que o adiamento é resultado da falta de vontade política de quem governa. A segunda vice-presidente da bancada parlamentar da UNITA, Albertina Navemba Ngolo, explicou que o adiamento das autarquias não se justifica, porque as condições técnicas a que se referem poderiam ter sido criadas, pois a matéria das autarquias vem desde 1975.

"Nem o surgimento da Covid-19 serve de justificação, porque Angola tem condições económicas superiores a Cabo Verde, que está nesta altura a realizar as eleições. Infelizmente, tudo aqui está condicionado à vontade política de quem governa e de quem quer perpetuar-se no poder, portanto, não podemos colher esta desculpa".

Apesar de concordar que este ano fica difícil realizar as eleições autárquicas devido à crise económica, o surgimento da Covid-19 e a queda de produção no País, o presidente da coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), André Mendes de Carvalho, reafirma que falta vontade política porque não foi apontada uma data provisória para a realização das autárquicas.

"Não se realizando em 2020 podíamos marcá-las para 2021, para que tenhamos como meta este horizonte e quando não se dá esse horizonte vê-se a falta de vontade", frisa.

(Leia o artigo integral na edição 591 do Expansão, de sexta-feira, dia 11 de Setembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)