Destes, especificou o chefe de Estado, 13,5 mil milhões terão sido retirados, ilicitamente, através de contratos fraudulentos com a Sonangol, 5 mil milhões, através da Sodiam e Endiama, e os restantes 5 mil milhões através de outros setores e empresas públicas.

As declarações de João Lourenço constam da primeira parte da entrevista concedida por correio electrónico ao Wall Street Journal, na qual o Presidente revela que o valor apurado resulta dos processos de investigação patrimonial em curso no Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da Procuradoria Geral da República de Angola.

João Lourenço revelou ainda que até à data foi possível ao País reaver 4,2 mil milhões USD, resultado da apreensão e do arresto de bens móveis e imóveis, nomeadamente fábricas, supermercados, edifícios, imóveis residenciais, hotéis, participações sociais em instituições financeiras e em diversas empresas rentáveis, material de eletricidade e outros ativos.

O Chefe de Estado angolano revelou também que o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da PGR solicitou às suas congéneres no exterior do país a apreensão ou arresto de bens e dinheiro, no valor de cerca de 5,4 mil milhões USD, na Suíça, Holanda, Portugal, Luxemburgo, Chipre, Mónaco e Reino Unido, "lista que tende a alargar-se", afirmou.