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Bancos só financiaram 5,5% dos projectos previstos para 2020

Crédito para diversificar a economia na 'gaveta'

Apenas 5,5% de um total de 520 projectos que eram a meta definida para 2020 é que já receberam financiamento aprovado pelos pelos bancos comerciais, ao abrigo da estratégia do Governo e do Banco Nacional de Angola (BNA) de promover a produção nacional, de acordo com um relatório de análise mensal sobre a concessão de crédito à economia do banco central referente a Agosto.

Ao todo, só 29 projectos receberam "sim" dos bancos comerciais e beneficiaram de crédito, um total de 69,4 mil milhões Kz, desde o início do ano para cá. Estes financiamentos foram concedidos por 14 dos 23 bancos que estavam previstos aderir.

Estes financiamentos foram aprovados através do aviso n.º10/2020, de 4 de Abril, numa estratégia do banco central e do Governo de promoção à produção interna. Aliás, os financiamentos começaram a ser concedidos desde a altura da entrada em vigor desta iniciativa. Os empréstimos saíram dos bancos Atlântico, BAI, Caixa Angola, BFA, BIC, BIR, BMF, BNI, Finibanco, Keve, Standard Bank Angola, VTB e Yetu.

Esta medida foi introduzida com a necessidade de concessão de crédito pelas instituições financeiras bancárias para a produção de bens essenciais que apresentam défices de oferta de produção nacional, a matéria-prima e o investimento necessário à sua produção, incluindo-se no investimento a aquisição de tecnologia, máquinas e equipamentos.

Assim, quando já só faltam pouco menos de um mês para encerrar o ano 2020, restam ainda 94,5% da totalidade das iniciativas de créditos por financiar. Ou seja, estão neste momento 491 processos de créditos ligados ao programa de fomento à produção nacional à espera de luz verde da banca comercial captação dos fundos.

O relatório mensal do BNA atribui o atraso no tempo de respostas dos desembolsos após aprovação ao tempo de formalização das garantias associadas ao financiamento e disponibilidade de cambiais.

Aliás, as garantias são, em geral, a grande causa para os bancos recusarem as várias solicitações de crédito, entre outras questões como a própria estruturação dos projectos e o que vários bancos consideram por "incidências na Central de informação de Risco de Crédito (CIRC) ".

São vários bancos que têm estado a mandar para trás iniciativas de crédito cujas garantias são insuficientes ou inexistentes. Por exemplo, no inicio do ano, vários bancos foram multados pelo regulador por estes não terem libertados crédito ao abrigo da estratégia do Executivo e do BNA.

(Leia o artigo integral na edição 599 do Expansão, de sexta-feira, dia 6 de Novembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)