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Queixas disparam em Setembro com 44% do total de três meses

Reclamações recebidas pelo BNA no III trimestre de 2020

O Departamento de Conduta Financeira do Banco Nacional de Angola (BNA) recebeu 627 reclamações, durante o III trimestre de 2020, equivalente em média a sete reclamações por dia, com Setembro a ser o mês com mais queixas, 44% do total dos três meses, denotando um aumento de queixas à medida que a actividade económica retoma.

As transferências lideram as reclamações (159), seguindo-se as contas de depósitos à ordem (126) e as operações cambiais (57). Já por bancos, o BPC é o que tem o maior número de reclamações (134), embora o Banco Yetu seja a instituição financeira com mais reclamações (23), se a análise tiver em conta o rácio volume total de reclamações/n.º de clientes.

Na comparação com o período homólogo do ano passado, as 627 queixas registadas entre Julho e Setembro representam uma descida de 14,7%, em relação às 719 reportadas no III trimestre de 2019.

Na análise deste ano, é preciso regressar ao I trimestre de 2020 para fazer comparações, já que no segundo trimestre do ano , altura em que teve início o estado de emergência por causa da Covid-19, o BNA não divulgou estatísticas sobre o número de reclamações.

Entre os dois períodos, constata-se uma subida no número de queixas entre Julho e Setembro, quando comparado com o período que vai de Janeiro a Março, altura em que se registou um total de 616 reclamações, o que corresponde a menos 1,8%.

Durante o III trimestre de 2020, o mês de Setembro foi o que registou mais reclamações, 277, ou seja 44% do total, seguindo-se Agosto, com 180 queixas, e Julho com 170, denotando um aumento de insatisfação à medida que a actividade económica foi retomando, findo o estado de emergência.

O número de reclamações registadas, entre Julho e Setembro, é considerado "baixo" pelo BNA tendo em conta que em média, apenas 4,6 clientes em cada 100 mil apresentaram reclamações contra as instituições financeiras de grande dimensão e uma média de 4,3 clientes em cada 50 mil.

As transferências e as contas de depósitos à ordem congregam 45% do total de reclamações (ver gráfico). No primeiro caso, dois motivos justificam as queixas: operações de transferências não efectuadas e morosidade na sua realização. No segundo caso, as movimentações indevidas lideram as reclamações sobre contas de depósitos à ordem, seguindo-se a não disponibilização de numerário e as comissões/despesas.

(Leia o artigo integral na edição 600 do Expansão, de sexta-feira, dia 13 de Novembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)