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Acordo do G20 sem redução da dívida à China "decepciona"

Presidente do BM defende alívio da "dívida mais permanente" para alguns países, como Angola

Os países do G20 concordaram alargar, até Junho de 2021, a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) aos países de renda baixa, deixando em aberto a extensão do programa até final do próximo ano. Mas instaram os credores privados - que ainda não participam - a fazerem o mesmo, em termos comparáveis", de forma a "proteger a classificação" dos países "e o baixo custo de financiamento".

No apelo, entendido como um recado à China - com muita dívida concedida através de bancos públicos - os líderes do G20 referem-se ainda à "importância de mutuários e credores, oficiais e privados" empreenderem esforços conjuntos "para melhorar a transparência da dívida".

A não adesão dos credores privados mantém muitos países receosos de alargar a negociação, com medo de virem a ser penalizados com a descida do rating soberano e, com isso, ficarem arredados do mercado da dívida.

Numa declaração lacónica, a resposta oficial da China ao apelo do G20 veio através da Xinhua. A agência de notícias oficial chinesa, numa notícia de dois parágrafos, limitou-se a informar que "o Presidente Xi Jinping disse no sábado que o país apoia uma decisão do G20 sobre a extensão da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida e continuará a implementar" o programa "integralmente junto com outras partes", além de que irá "fortalecer as medidas de suspensão e alívio da dívida para países com dificuldades reais".

Mais contundente é o eco da imprensa americana ao acordo que saiu, este fim-de-semana, da cimeira do G20, grupo que integra 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, EUA, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia) e a União Europeia.

Decepcionante

Num artigo, com o título "O G20 não fez muito pelas nações pobres. Eles precisam de alívio da dívida, especialmente da China", o conselho editorial do Washington Post escreve que o acordo "decepcionou" porque os países mais endividados precisam sobretudo de reduzir o seu nível de endividamento, mais do que uma suspensão dos pagamentos, e a China, o seu principal credor, recusou.

(Leia o artigo integral na edição 602 do Expansão, de sexta-feira, dia 27 de Novembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)