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Angola

Pitta Gróz nega processos selectivos na PGR e anuncia que está a apurar dados para investigar denúncia sobre Edeltrudes Costa

Procurador garante que não há letargia neste processo

Os contornos do caso da contratação de uma empresa de consultoria do chefe de gabinete do Presidente João Lourenço num negócio de modernização dos aeroportos, estarão a ser apurados para investigar, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Procurador, Hélder Pitta Gróz, questionado pela Lusa, disse estar a "apurar dados para investigar" as denúncias que envolvem uma empresa de consultoria de Edeltrudes Costa num negócio que tinha como objetivo a modernização dos aeroportos angolanos e terá rendido vários milhões de euros em contratos públicos, autorizados pelo chefe de Estado angolano.

"Nós estamos também a ver o que se passa para podermos esclarecer devidamente o que é que aconteceu, porque muitas vezes não basta a denúncia pública, é necessário que esta denúncia venha acompanhada de mais alguns dados que nos permitam trabalhar com uma certa certeza, quando assim não é temos que ir atrás para podermos ver se de facto há ou não uma prática ilícita", disse o PGR angolano.

Em declarações à imprensa no final da sua mensagem natalícia, Hélder Pitta Gróz negou qualquer letargia nas investigações sobre este caso, justificando que não é possível responder a tudo ao mesmo tempo, e que "não podemos estar a trabalhar de acordo com aquilo que as pessoas dizem, temos de trabalhar de acordo com as nossas capacidades, de acordo com os meios técnicos e humanos que temos e, portanto, não podemos dar resposta à tudo ao mesmo tempo".

O Procurador negou igualmente a existência de processos seletivos dentro da PGR, tendo garantido que "já houve uma diversidade de processos que foram instruídos e que estão em tribunal".

O que existem são processos "mais facilmente instruídos que outros e, portanto, aqueles mais complexos levam mais tempo em relação aos menos complexos", argumentou.