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Fitch considera positiva a estratégia de Angola para o petróleo

Analistas reconhecem importância para relançar a economia

Numa análise ao sector do petróleo e gás, os analistas da Fitch Solutions consideram que a estratégia de exploração de petróleo, que foi definida por decreto presidencial há cerca de dois meses, é positiva e melhora a perspectiva de evolução do sector, fundamental para relançar a economia.

Os analistas sustentam que "a estratégia de exploração de hidrocarbonetos entre 2020 e 2025 melhora a perspectiva de evolução do sector do gás e petróleo em Angola", justificando a análise positiva com "os blocos atribuídos na última ronda de licenciamento que tem potencial para crescimento das reservas e da produção, e que as mudanças no panorama fiscal e regulamentar apontam para passos na direção certa, melhorando a atractividade do sector para os investidores internacionais", referem num comunicado enviado aos clientes.

A Fitch Solutions - detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings - estima que a produção suba de 1,2 milhões de barris este ano para cerca de 1,3 milhões de 2021 até 2023, mas deixa o alerta que o cumprimento das metas definidas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, em que Angola vai ocupar a presidência rotativa a partir de 01 de janeiro, "vai pesar na produção até abril de 2022".

Refira-se que Angola, partindo da referência de 1,5 milhões de barris diários, teve de cortar a produção em 277 mil barris no segundo semestre deste ano, abrandando depois o corte para 247 mil nos primeiros seis meses de 2021.

Os analistas referem nesta análise que "dependendo das condições do mercado, estes cortes vão gradualmente cair para 196 mil barris por dia em abril, e deverão manter-se neste nível até abril de 2022".

Os peritos da Fitch Solutions, que consideram o sector petrolífero o mais importante da economia angolana, defendem que o mesmo deve ser implantado de forma sólida, "com infraestrutura desenvolvida e uma indústria de serviços diversificada, águas profundas por explorar, subdesenvolvimento das reservas de gás e um regime de licenciamento e fiscal estável".

Numa análise aos pontos fracos a consultora aponta "os desafios no ambiente de negócios infetado pela corrupção a alto nível, a pesada presença do Estado na indústria através da Sonangol e um pequeno mercado interno para o gás".