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África

Banco Mundial prevê crescimento de 2,7% na África subsaariana este ano

Pandemia e confinamentos prejudicaram economia

No mesmo dia em que reviu em baixa a projecção do crescimento económico mundial para 4% em 2021 - 5% abaixo das projecções pré-pandemia - o Banco Mundial (BM) estima que a produção económica na África subsaariana cresça 2,7% este ano, também abaixo do anteriormente previsto, que era de 3,1%.

No relatório sobre as Perspectivas Económicas Globais, divulgado esta terça-feira, em Washington, o BM agrava a previsão anterior de crescimento, e refere que a "produção económica na região da África subsaariana deverá ter-se contraído 3,7% em 2020, com a pandemia e os confinamentos a prejudicarem a actividade económica", de acordo com notícia da Lusa.

Como consequência, o PIB per capita caiu 6,1% em 2020, "tirando aos padrões de vida pelo menos uma década em cerca de um quarto da economia da região", situação que atingiu sobretudo os exportadores de petróleo, como Angola e Guiné Equatorial, e os dependentes do turismo, como Cabo Verde ou São Tomé e Príncipe, e também os países mais atingidos pela pandemia, como a África do Sul, o país mais fustigado pelo coronavírus na região.

Para 2021, o Banco Mundial prevê uma recuperação de 2,7%, com uma recuperação mais lenta do que o previsto do consumo privado e do investimento, valendo "o crescimento das exportações que deverá acelerar gradualmente, em linha com a recuperação da actividade nos principais parceiros comerciais", o que não impedirá uma nova queda do PIB este ano, de cerca de 0,2%, refere a instituição.

Para cada projecção o BM identifica riscos. O possível aumento do número de infecções, o atraso na distribuição das vacinas, o stress financeiro provocado pelas dívidas dos países e o fraco crescimento poderá "empurrar dezenas de milhões de pessoas para uma situação de pobreza extrema neste e no ano passado", na visão do Banco Mundial, o que coloca "os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ainda mais fora do alcance de muitos países na região", consta do relatório.

Desde o início da pandemia, África regista 67.928 mortos e mais de 2,8 milhões de infectados em 55 países.