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África

OGE de São Tomé é votado esta segunda-feira sob ameaça de chumbo da oposição com maioria no parlamento

Avaliado em 166 milhões de dólares

O Orçamento Geral do Estado (OGE) e as Grandes Opções de Plano para 2021 de São Tomé e Príncipe deverão ser votados na generalidade esta segunda-feira, ensombrados pela ameaça da Acção Democrática Independente (ADI), principal partido da oposição em São Tomé e Príncipe, que garantiu este domingo que vai "chumbar" o documento.

Avaliado em 166 milhões de dólares, a oposição diz que esperava mais do OGE e que o documento orientador da política económica para 2021 "não responde àquilo que nós esperávamos e vamos chumbá-lo. Para nós é um orçamento que nem devia ter sido apresentado", disse Orlando da Mata, vice-presidente da ADI, à Lusa.

O líder da oposição são-tomense afirmou esperar um orçamento virado para a revitalização da economia, com maior investimento na saúde, capaz de "combater o desemprego que disparou".

Para 2021, o Ministério da Saúde fica com 13% da fatia e a educação e ensino superior 9,4%; 7,9% vão para a agricultura, pescas e desenvolvimento rural. O Governo tem projectado um crescimento económico de 5%, mas espera, no final deste ano, um défice primário de 3,9% do PIB.

De acordo com a posição do primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus que apresentou o OGE no parlamento, o valor do crescimento previsto está "alicerçado na disponibilidade de fundos de apoio ao sector privado, nomeadamente para a construção e reabilitação da estrada de mais de 45 quilómetros da nacional número 01, que liga a capital ao norte de São Tomé".

Recorde-se que a ADI tem o maior número de deputados na Assembleia Nacional (25). Segue-se o MSLT-PSD, com 23 eleitos e a coligação PCD-UDD-MDFM, que com o MLSTP formou a chamada "nova maioria", que suporta o executivo, com cinco lugares. Há também dois deputados eleitos pelo Movimento Independente de Caué, distrito no sul da ilha.