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Angola

CEDESA alerta que industrialização só avança sem "corrupção massiva"

Alerta lançado pela associação

O Centro de Pesquisa de Assuntos Políticos e Económicos de Angola (CEDESA) defende que a industrialização só avançará no País se não existir "corrupção massiva" e "barreiras de acesso aos mercados", com uma "justiça funcional" e "impostos razoáveis".

Para aquela entidade, que resulta de uma iniciativa de vários académicos e peritos que se encontraram na ARN ("Angola Research Network"), "qualquer projecto de relançamento da indústria tem de começar por ter o contexto adequado. Esse contexto é de uma economia livre, com um clima social propício ao investimento".

Os investigadores defendem o fim da "corrupção massiva" e de "barreiras no acesso aos mercados", e propõem uma "justiça funcional" e "impostos razoáveis" para os cidadãos.

A "desburocratização da administração pública" e a existência de um "Estado pró-negócios", são outros dois pressupostos de base apontados pela CEDESA.

"A corrupção distorce as regras da competição económica e inviabiliza, o livre acesso aos mercados, condições fundamentais para o desenvolvimento industrial", refere a organização.

Além disso, "os empresários devem ter liberdade para obter os seus factores de produção e se instalarem a produzir", refere.

Por outro lado, o sistema de justiça, "não deve ser visto como corrupto, lento e incompetente, mas como aplicando as regras, punindo quem não cumpre contratos e havendo formas legais e normais de cobrança de dívidas". Quanto aos impostos, "devem ser tendencialmente moderados e não sufocar a actividade produtiva". Por último, o Estado deve ter um papel "fomentador e pró-activo" na industrialização, apontando e enquadrando caminhos, construindo infra-estruturas, qualificando a sua mão-de-obra e estabelecendo parcerias.

(Leia o artigo integral na edição 606 do Expansão, de sexta-feira, dia 8 de Janeiro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)