Saltar para conteúdo da página

EXPANSÃO - Página Inicial

Empresas & Mercados

Angola perde peso na produção de petróleo e gás da Galp

Empresas

O pré-sal do Brasil dá cada vez mais frutos à participada da Sonangol, valendo já cerca de 70% do total da produção, face a 60% há um ano. Lucros da Galp Energia subiram 8%, para 30 mil milhões Kz.

 

Angola continua a perder peso na produção de petróleo e gás da Galp Energia, valendo, no final do terceiro trimestre, cerca de 30% do total. De Janeiro a Setembro, a produção total da empresa nos blocos onde está em Angola ascendeu a 10,5 mil barris equivalentes de petróleo por dia (bepd), menos 2,1 mil bepd face ao mesmo período do ano passado.

No Brasil, a produção média aumentou 23%, para 21,3 mil bepd, valendo 70% do total. Segundo a empresa, em Angola, a produção working interest (total) diminuiu cerca de 17% face ao terceiro trimestre de 2013, devido à menor contribuição dos campos TL e Kuito, no bloco 14, no seguimento da desmobilização da FPSO no campo Kuito, no final de 2013. Entretanto, a produção dos campos BBLT manteve-se em linha face ao período homólogo.

No entanto, explica a empresa em comunicado, a produção do campo BBLT aumentou cerca de 9% face aos primeiros nove meses de 2013, devido à entrada em produção de novos poços. Já a produção proveniente do Brasil subiu 61% face ao terceiro trimestre de 2013, para 21,3 mil bepd, devido à contribuição da produção da FPSO #2, que registou uma produção média de 8,7 mil bepd no período e representou 41% da produção total do Brasil, mas a FPSO #1 manteve o seu contributo para produção no período, diz a empresa, onde a Sonangol e a empresária Isabel dos Santos detêm 45% da Amorim Energia, que por sua vez detém 38,34% da Galp.

O EWT [testes de produção] na área de Lara também contribuiu para o aumento da produção no Brasil, com uma produção de 2,5 mil bepd, explica a empresa, adiantando que a exportação de gás da área de Lula aumentou 35% face ao terceiro trimestre de 2013, de 1,3 mil bepd para 1,7 mil bepd, na sequência do início da exportação de gás natural da área de Lula NE.

Entretanto, em Angola, a Galp prosseguiu a perfuração do poço de avaliação Cominhos-3, iniciada em Junho, para testar o reservatório dos intervalos oligoceno e eoceno, e aumentar o conhecimento para um possível desenvolvimento desta área do bloco 32 e, no campo Tômbua- -Lândana (TL), foi concluída a perfuração de um poço produtor no terceiro trimestre, período em que a empresa realizou investimentos de 314 milhões de euros (cerca de 39,6 mil milhões Kz), dos quais 91% se destinaram a actividades de exploração e produção, nomeadamente de desenvolvimento do campo Lula/Iracema, no Brasil. Em termos acumulados, de Janeiro a Setembro, a Galp investiu um total de 776 milhões de euros (97,9 mil milhões Kz), dos quais 88% na área de exploração e produção, sobretudo no Brasil.

Para além de Angola (onde tem cinco projectos) e Brasil (28 projectos), a Galp está a desenvolver projectos de exploração de petróleo e/ou gás em Marrocos, Moçambique, Namíbia, Guiné Equatorial e Timor-Leste. Os lucros da Galp Energia subiram 8% nos nove primeiros meses do ano, face ao mesmo período do ano passado, para 236 milhões de euros (29,7 mil milhões Kz), graças sobretudo ao reforço da produção no Brasil.