A Ango Real vai lançar duas novas rotas interprovinciais, para o Huambo e Huíla (Lubango), até ao final deste mês, avança o director comercial da transportadora rodoviária, Mohamed Siyame.

O projecto, explicou ao Expansão, na V Feira Internacional dos Transportes e Logística de Angola, implica a abertura de um novo terminal de passageiros na ex-rotunda do Gamek, distrito da Maianga. As novas rotas serão servidas por autocarros regulares e VIP, com 31 lugares, uma casa de banho, ar condicionado, frigobar, microondas e tela DVD em cada assento.

"Vamos abrir uma agência [terminal] Ango Real no Gamek, onde arrancarão estas rotas", explica o gestor.

O serviço VIP custa 9 a 10 mil Kz para todas as províncias, independentemente da distância, e o preço do regular varia com os quilómetros percorridos. Actualmente, a Ango Real dispõe de uma frota de mais de 400 autocarros, que circulam nas províncias de Luanda, Benguela, Cuanza Sul, Cuanza Norte, Uíge, Malanje, Lunda Sul (Saurimo), Huambo, Huíla (Lubango) e Cunene, prevendo ainda a curto prazo chegar ao Namibe e Cuando Cubango com rotas interprovinciais.

A empresa, explica o responsável, prevê ainda a abertura de outro terminal na Mutamba com vista ao serviço de aluguer de viaturas. Para além destes autocarros, a empresa tem mais de 200 disponíveis para serviços de aluguer, nomeadamente nas províncias onde não tem ainda terminais de passageiros, como o Cuando Cubango.

A Ango Real também comercializa viaturas das marcas Higer, Lexus, Toyota, Kia, Tucson, entre outras, tendo neste momento um stock de cerca de 400 veículos, incluindo 300 autocarros, que custam entre 25 milhões Kz e 36 milhões Kz. Crise vai passar Questionado sobre o volume de vendas, o gestor preferiu não avançar dados, mas considerou o mercado angolano como positivo e promissor.

"Apesar da crise que o País está a viver neste momento, o mercado angolano continua a ser promissor em termos de investimento, pelo que aconselho outros empresários a investirem cá", afirma. A situação, garante, não levará a empresa nem a fechar nem a despedir trabalhadores.

"Vamos todos lutar, e tenho a certeza de que esta situação vai passar dentro em breve", disse. Para além dos transportes, o grupo actua também nas áreas do comércio a grosso e retalho, transporte de carga geral, indústria, representações comerciais, segurança e construção civil e obras públicas.

De acordo com o gestor, na área da construção, o grupo conta já com projectos de algumas escolas na zona do mercado do Km 30, em Viana, e de hospitais, para além de manutenção de alguns edifícios do bairro São Paulo, município do Sambizanga. Há 13 anos no mercado nacional, a Ango Real conta actualmente com mais de 500 trabalhadores.