Os bastidores do RP
As empresas angolanas, cada vez mais, têm consciência de que o seu valor depende da sua imagem. Com uma boa imagem, há clientes que ficam, mais clientes que entram e clientes que se tornam nos "embaixadores" da própria marca.
Tudo gira à volta da reputação. Lembra os tempos dos nossos avós, quando os mais velhos geriam as relações sociais com o cuidado de não ferir susceptibilidades, manter por perto fontes de informação incontroláveis e, sobretudo, gerir os relacionamentos pessoais, amigos e familiares, independentemente do grau de proximidade. Tudo se resumia à boa palavra - ou má -, com a consciência que a palavra dita a imagem que formamos dos outros e os outros sobre nós!
Numa perspectiva profissional, as relações públicas (RP) assentam na reputação; isto é, são o resultado daquilo que a organização é e diz, e daquilo que os outros dizem sobre ela. E são usadas para criar confiança e compreensão entre a organização e os seus públicos. Simplificando, são o esforço planeado e sustentado para o estabelecimento e manutenção de relações de boa vontade e compreensão entre a organização e os seus públicos.
Os conceitos-chave, nas duas perspectivas são: relações; comunicação; processo e continuidade; intencionalidade; planeamento; organização; e públicos (grupos). A profissão de relações públicas e o que os seus profissionais enfrentam são dificuldades de reconhecimento organizacional e social. Confunde-se com "a pessoa que gera a atenção dos órgãos de comunicação social", a "cara bonita que serve cafés e bebidas ou dá a cara por produtos ou marcas", ou "o publicitário, o marketeer ou o jornalista", chegando-se à ideia final de que qualquer pessoa pode ser consultora de relações públicas, pois não é necessária formação específica.
*Relações públicas do grupo Zwela
(Leia mais na edição em papel do Expansão.)