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Angola

Gestores e empresários reforçam presença no Comité Central do MPLA

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Catorze personalidades ligadas à gestão e às empresas deverão ser confirmados como membros do CC do MPLA no âmbito do VII Congresso do partido que governa Angola e que decorre até amanhã em Luanda. Entre eles, o Governador do BNA e o presidente da CMC, cujas entradas no dirigismo partidário foi criticada por poder pôr em causa a independência enquanto entidades supervisoras do sistema financeiro.

Gestores públicos e privados e empresários deverão ver a sua presença no Comité Central (CC) do MPLA fortemente aumentada com a entrada de 14 nomes mediáticos, entre os quais Valter Filipe, governador do Banco Nacional de Angola (BNA), e Archer Mangueira, presidente da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), cujas entradas no órgão mais importante entre congressos é criticada por alguns analistas devido à sua condição de reguladores do sistema financeiro.

No CC cessante a presença de gestores e empresários é muito residual, tendo o Expansão identificado apenas dois em 311 membros: Armindo César Sibingo, presidente do Grupo César e Filhos, e Jorge Leão Peres, administrador do BCI. O banqueiro sai no âmbito da renovação do órgão que abrange 119 membros, mas o empresário fica.

Juntando Armindo César aos 14 que entram de novo, o grupo de gestores e empresários no CC aumenta para 15 num total de 363 membros. Destes 171 são novos, incluindo o grupo dos 14. Ou seja, a quota dos empresários no órgão passa de 0,6% para 4,1%. Isto, exceptuando os dirigentes do partido, ministros e secretários de Estado, governadores provinciais, deputados e que têm os seus negócios mas não os assumem publicamente.

As entradas de Valter Filipe e Archer Mangueira para o CC não foram bem recebidas nos meios económicos devido a receios sobre a sua independência enquanto reguladores.

É o caso Alves da Rocha, professor da Universidade Católica de Angola (UCAN), que questiona se a política monetária a implementar por Valter Filipe "será a política monetária do País ou a do partido".

De acordo com o também director do Centro de Estudos e Investigação Científica da UCAN, "o que acontece é que os membros do Comité Central que estão nas várias estruturas têm de implementar a política definida por esse organismo, enquanto órgão supremo entre congressos".

(Leia a notícia na íntegra na edição 384 do Expansão, de sexta-feira 19 Agosto 2016, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas)