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Angola

FMI defende aumento dos preços dos combustíveis

Aumento deve ser gradual

Na hora de saída de Angola, o chefe da missão do Fundo alerta que a desvalorização cambial do Kwanza fez com que os combustíveis ficassem mais caros ao País. Os últimos aumentos ocorreram em 2016, quando o litro de gasolina subiu de 115 Kz para 160 Kz, e o gasóleo passou de 90 kz para 135 Kz.

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional para Angola, Ricardo Velloso, recomendou ao Governo um aumento dos preços dos combustíveis, justificando que os preços de importação aumentaram devido ao processo de desvalorização cambial da moeda nacional operada no País em Janeiro.
"Há uma necessidade de se ajustar os preços dos combustíveis à nova realidade", defendeu Velloso em conferência de imprensa no final da visita de 15 dias que a equipa técnica do fundo fez ao País no âmbito das consultas nos termos do Artigo IV dos estatutos da organização.
Há pouco mais de dois anos, por orientação do FMI, o Governo eliminou os subsídios aos combustíveis. A partir de 1 de Janeiro de 2016, o litro de gasolina passou de 115 Kz para 160 Kz. Já o litro de gasóleo saiu de 90 kz para os actuais 135 Kz. Em 2015, em subvenções aos combustíveis saíram dos cofres do Estado 185 mil milhões Kz, correspondente a 1.540 milhões USD ao câmbio da altura, indica a Conta Geral do Estado daquele ano.
Ricardo Velloso defende que o Governo deve, neste momento, negociar com a Sonangol margens de comercialização e de lucros, bem como para estabelecer aumentos graduais dos preços."É muito difícil no momento dar o número preciso sobre qual deve ser o aumento. De qualquer maneira, o aumento não pode ser feito de uma só vez, tem que ser feito ao longo do tempo", defendeu Velloso.

(Leia o artigo na integra na edição 465 do Expansão, de sexta-feira 23 de Março de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)