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Angola

João Lourenço quer afastar Bastos de Morais do Porto Caio de Cabinda

Ministro dos Transportes encarregue de negociar saída da Caioporto

Governo aperta o cerco ao suíço-angolano que geria 85% dos activos do Fundo Soberano de Angola. Investigado pela justiça, tendo sido constituído arguido, Bastos de Morais vê em risco a sua posição no porto de águas profundas.

A empresa Caioporto S.A, cujo principal accionista é Jean-Claude Bastos de Morais, o ex gestor da maioria dos activos do Fundo Soberano de Angola, deverá ser afastada da empreitada do Porto Caio de Cabinda, depois de o Presidente João Lourenço ter autorizado a criação de uma comissão para negociar a cessação do contrato de concessão para a execução do projeto.
Esta informação consta no Despacho Presidencial n.º 66/18 de 30 de Maio, o Presidente da República, que cria esta Comissão de Negociação da Cessação da parceria público-privada, que será liderada pelo Ministério dos Transportes. Em 2012, a empresa participada também pelo Fundo Soberano de Angola recebeu a concessão para financiar, planear, projectar, construir e administrar o Porto do Caio através do Despacho Presidencial nº 177/12 de 14 de Agosto, assinado por José Eduardo dos Santos.
A Caioporto S.A. foi constituída nesse mesmo ano em Luanda como veículo de propósitos especiais para o desenvolvimento e a construção do novo Porto do Caio, conforme faz referência o site da empresa. A cédula comercial da empresa não faz menção aos accionistas nem ao capital social da sociedade anónima, mas num comunicado de 24 de Janeiro de 2017, o Fundo Soberano de Angola (FSDEA) confirmou ter investido 180 milhões USD na aquisição da participação de 31% na Capoinvest Limited BVI, entidade que controla a Caioporto, concessionária da estrutura portuária, activo que valorizaria, meses depois, em mais 205 milhões USD face ao investido inicialmente.

(Leia o artigo na integra na edição 475 do Expansão, de sexta-feira 01 de Junho de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)