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África

Um roteiro para a industrialização africana

Project Syndicate

África está numa encruzilhada. Seis das dez economias que mais crescem no mundo localizam-se, actualmente, na região e espera-se que o PIB do continente cresça a uma taxa de 4,1% este ano, acima dos 3,6% em 2017.

Todavia, o crescimento económico de África não tem sido acompanhado por um nível proporcional de criação de empregos, o que tem implicações negativas em particular para as mulheres e para os jovens. Na verdade, o actual crescimento sem emprego poderá até mesmo reverter os ganhos obtidos com a erradicação da pobreza nos últimos anos.
O problema é que o crescimento de África, embora impressionante, tem sido instável, uma vez que tem sido impulsionado principalmente pelos elevados preços dos produtos e não pela manufactura. Os efeitos económicos deste desequilíbrio não deveriam ser subestimados. Entre outras coisas, explica o porquê de uma região que produz cerca de 75% do cacau do mundo, representar apenas 5% dos quase 100 mil milhões de dólares do mercado anual de chocolate.
Apesar dos seus vastos recursos naturais, África continuará à mercê dos preços dos produtos e dos fluxos comerciais enquanto não realizar uma profunda transformação estrutural. Chegou a altura de África desbloquear o verdadeiro potencial da sua economia, seguindo os passos de todas as economias modernas e procedendo à transição da agricultura para a manufactura.
O sector industrial de África é o elo mais fraco na sua integração contínua na economia mundial. Hoje, os produtos primários (matérias-primas) englobam 62% da totalidade das exportações de África, a percentagem mais elevada em todo o mundo. Simultaneamente, a exportação de produtos manufacturados per capita,

*Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)

(Leia o artigo na integra na edição 476 do Expansão, de sexta-feira 08 de Junho de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)