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Angola

A redução da produção petrolífera e as receitas petrolíferas adicionais

Convidados

É por demais visível o frenesim sobre a existência das receitas petrolíferas adicionais, no que respeita à sua existência factual e ao seu destino, pois existem correntes que defendem que devido à redução da produção petrolífera não haverá incremento das receitas petrolíferas totais, pois o factor (redução) produção deverá anular o factor (incremento) preço.

Tem sido audível que, de acordo com estes "teóricos", apesar de estar inscrito no Orçamento Geral do Estado, um barril de brent ao preço de 50,00 USD, um aumento de quase 30,00 USD (que na prática é um crescimento de 60%) no preço não terá efeito algum nas receitas totais, porque há uma redução na produção, relativamente à produção inscrita no OGE 18 para a actual, bem como da produção estipulada pela OPEP (que é inexplicavelmente menor do que a produção inscrita no OGE 18) para a produção actual. Esta inexplicabilidade vem da errónea elaboração do OGE 18, que antevê uma produção de 1.698.600 barris de petróleo dia, quando existe a limitação imposta pela OPEP, que mantém a produção nacional em 1.673.000 barris dia, certamente que Angola, nesta fase da sua trajectória, não quererá "furar" o acordo com o cartel de que também faz parte.
Mas nem tudo são más notícias para o Executivo, nem serão boas para aqueles que preferem, com argumentos vãos, contrariar as evidências, pois pelas nossas humildes analises, existe sim um diferencial positivo entre a redução das receitas petrolíferas geradas pela redução da produção e o aumento de receitas provenientes da subida do preço. Estamos em condições de afirmar que o efeito aumento preço (ainda que com barril a 65,30 USD, bem longe dos 80,00 USD em que andou por estes dias) anulou o efeito redução da produção.

(Leia o artigo na integra na edição 476 do Expansão, de sexta-feira 08 de Junho de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)