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Economia

Incertezas impactam mercados

SEMANA DE 28 DE FEVEREIRO A 05 DE MARÇO

Os mercados financeiros foram marcados por cautela devido a receios de desaceleração global. Investidores preocupados com a entrada em vigor das tarifas dos EUA sobre produtos do Canadá e México.

Os últimos sete dias foram marcados por um ambiente de cautela nos mercados financeiros, com os investidores receosos de uma desaceleração da actividade económica global, agravada por factores económicos, geopolíticos e "guerra" comercial.

A entrada em vigor, na última terça-feira, das tarifas norte- -americanas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, que haviam sido adiadas desde Fevereiro, teve impacto imediato nos mercados. Os índices Dow Jones e Nasdaq dos EUA recuaram 3,01% e 2,98%, respectivamente, no conjunto dos últimos 7 dias, reflectindo a reacção negativa dos investidores com os impactos destas novas tarifas comerciais e, possíveis, retaliações destes países.

Adicionalmente, o receio em torno de uma inflação persistente nos EUA, bem como a divulgação de relatórios que apontam para um abrandamento do consumo, também pressionaram os principais índices bolsistas do país. Na Europa, por seu lado, o Euro Stoxx 600 subiu de forma ligeira (+0,15%), impulsionado pelo plano da União Europeia de rearmamento da região, no valor de 800 mil milhões de euros, e pela proposta da Alemanha de um fundo de até 500 mil milhões de euros para investimentos urgentes em defesa.

Além disso, a bolsa europeia reagiu positivamente à notícia de que o Banco Europeu de Investimento firmaria um acordo com a Comissão Europeia para lançar um novo mecanismo de apoio financeiro à Ucrânia, no valor de 2 mil milhões de euros, destinado à reconstrução de infraestruturas críticas. Esta decisão seguiu-se à suspensão do apoio militar norte-americano à Ucrânia, devido a desacordos sobre minerais raros e outras matérias-primas entre os dois países, no seguimento da visita recente do Presidente ucraniano aos EUA.

No mercado petrolífero, os preços do barril recuaram mais de 2% na última semana. Além dos receios com a guerra tarifária, a queda dos preços reflecte as indicações de que a OPEP+ deverá mesmo avançar com um aumento na produção de petróleo a partir de Abril, conforme plano anterior, o que implicaria a reposição ao mercado de em cerca de 138 mil barris por dia. No mercado de Nova York, o WTI estava abaixo de 68 dólares, enquanto o Brent em Londres era cotado abaixo de 71 dólares por barril.

Os desenvolvimentos recentes têm pressionado o USD, tendo o Euro valorizado 1,73% para 1,07 dólares.

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