Seicheles detém o passaporte mais poderoso em África, no Henley Passport Index de 2025, com acesso a 156 destinos sem necessidade de visto prévio. Logo a seguir vem o passaporte das Maurícias, com entrada sem burocracia em 149 territórios e África do Sul, com 103 destinos, a fechar o top 3 no continente (ver tabela).

Estes são os únicos três países africanos que constam nos 50 primeiros lugares neste índice global, o único que mede o poder dos passaportes de todos os países e territórios, de acordo com o número de destinos a que os seus titulares podem aceder sem visto prévio, o que ajuda a medir a capacidade dos seus portadores de circularem e fazerem negócios no mundo. O ranking global é liderado por Singapura e os primeiros três lugares são todos ocupados por países asiáticos. Além de Singapura, que dispensa os seus cidadãos de visto na entrada em 193 destinos, o top 3 global completa-se com o Japão e a Coreia do Sul, ambos em segundo lugar. Os portadores de passaportes destes dois países têm "linha verde" na entrada em 190 países.

Só depois vêm passaportes europeus, com sete países na terceira posição, em ex aequo. Os cidadãos da Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália e Espanha têm isenção de visto para 189 países. Portugal está no lote dos que ocupam o quarto lugar, ao lado da Áustria, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos e Suécia, com autorização de entrada em 188 países sem necessidade de perdas de tempo em burocracia.

Na quarta posição em África surge o Botsuana (59.º), com acesso a 85 países sem visto, e em quinto vem a Namíbia (63.º) com 79 países a permitirem entrada sem visto aos cidadãos deste país que faz fronteira com Angola. Lesoto (65.º), Essuatíni (66.º), Maláui (67.º), Marrocos (67.º), Quénia (69.º) e Gâmbia (69.º) completam o top 10 no continente.

O último dos PALOPs

Angola é o último dos PALOPs no ranking. O país ocupa o 43.º lugar em África, ao lado do Burundi e da República do Congo, e a 86.ª posição do índice global, muito abaixo de Cabo Verde (no 13.º lugar), Moçambique (22.º), São Tomé e Príncipe (23.º) e Guiné-Bissau (36.º). Abaixo de Angola estão a Etiópia (47.º), Nigéria (49.º) e República Democrática do Congo (49.º), o último antes dos cinco países no fundo da tabela.

O passaporte angolano permite entrar em 48 países sem ser necessário visto, enquanto que o documento caboverdiano dá acesso a 67 destinos, o moçambicano a 62, o são tomense a 61 e o da Guiné-Bissau a 54 países.

O índice Henley Passport avalia 227 destinos em todo o mundo e inclui vistos de chegada, autorizações de visita e autorizações electrónicas de viagem (ETA). O ranking utiliza dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), monitorizando mais de 250 companhias aéreas em todo o mundo.

Com dados históricos que abrangem 20 anos e que são actualizados mensalmente, o Henley Passport Index é considerado a ferramenta de referência padrão para cidadãos globais e Estados soberanos quando se avalia a posição de um passaporte no espectro de mobilidade global.

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