Angola oficializa entrada na AFC com o visto da Assembleia Nacional
Angola oficializou a adesão à Africa Finance Corporation (AFC), uma instituição financeira africana que promove o crescimento económico e o desenvolvimento industrial dos países africanos, através de investimentos em infra-estruturas focadas nos sectores de transportes e logística, energia, minérios e petróleo. Estados e organizações internacionais fazem parte desta instituição.
A formalização foi feita através da resolução n.º 9/25 de 19 de Março da Assembleia Nacional (AN), publicada recentemente em Diário da República, depois de ser aprovada por unanimidade. Angola aderiu à AFC como País membro e o Ministério das Finanças enviou o instrumento de adesão à instituição financeira africana após prévia autorização do Presidente da República.
A instituição, maioritariamente privada e com sede na Nigéria, já fez acordos de concessão com Angola para a concretização de objectivos no Corredor do Lobito, que contemplam "a construção de uma linha ferroviária inteiramente nova, de aproximadamente 800 Km, para ligar o Caminho de Ferro de Benguela à já existente linha ferroviária da Zâmbia, em Chingola", segundo um comunicado do governo.
A AFC vai também investir em vários projectos no Bengo, como na "conclusão do Terminal Oceânico e no desenvolvimento do pólo industrial da zona franca da Barra do Dande", segundo o director-adjunto da instituição, Ini Urua, que falava durante a inauguração do Terminal Oceânico no Bengo, em Fevereiro.
A instituição tem, entre várias funções, a concessão de empréstimos directos e crédito garantido por documentos comerciais, títulos soberanos, títulos de crédito ou por qualquer outra forma de garantia, bem como conceder operações de garantia realizadas por outras instituições financeiras idóneas.
Ainda na lista das várias funções, destacam-se os financiamentos de capital nas condições que venham a ser aprovadas pelo Conselho de Administração da instituição, e igualmente atender as solicitações dos países africanos para auxiliá-los na coordenação de políticas e planos de desenvolvimento para uma melhor utilização de recursos, tornando as suas economias mais complementares e promovendo a expansão ordenada do comércio com o exterior e, em particular, o comércio intraregional.