Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Empresas & Mercados

Clientes do Banco Postal "entopem" balcões do BCI, já o Banco Mais opera em normalidade

DEVOLUÇÕES DE DEPÓSITOS

Centenas de clientes do Banco Postal concentraram-se esta segunda-feira junto às agências do banco estatal BCI, entidade bancária a quem compete a devolução do dinheiro dos depositantes do banco que, juntamente com o Banco Mais, perdeu a licença de funcionamento por inadequação do capital social mínimo obrigatório.

O Tribunal Provincial de Luanda deu provimento a duas Providências Cautelares Não Especificadas interpostas pela Procuradoria-Geral da República, com vista a acautelar os interesses dos depositantes do Banco Mais e do Banco Postal, em função da revogação pelo BNA da licença dos referidos bancos, tendo nomeado o banco central como como fiel depositário.

Desta forma, o BNA informou na sexta-feira que os clientes das duas entidades bancárias poderiam " através da Rede Multicaixa, levantar os seus fundos depositados nos referidos bancos ou ainda transferi-los para outras instituições financeiras bancárias por si escolhidas", entre 14 e 17 de Janeiro. Para a realização de operações em balcão, os clientes do Banco Mais podem deslocar-se às agências do banco, enquanto os do Banco Postal devem deslocar-se às agências do estatal BCI.

Na Avenida 4 de Fevereiro, em Luanda, junto ao Porto da capital, mais de uma centena de pessoas fazia fila à porta da agência do BCI com o objectivo de levantar ou transferir os seus depósitos. Dado o elevado amontoado de pessoas, um funcionário do banco fazia a recolha das identidades dos clientes que se encontravam na fila.

Alguns clientes manifestaram-se ansiosos e mostravam-se com receio de não conseguir recuperar os depósitos domiciliados na instituição que perdeu a licença bancária por não cumprir a legislação do BNA que obriga os bancos comerciais a terem um capital social mínimo de 7,5 mil milhões Kz.

Por outro lado, os clientes do Banco Mais conseguiam levantar ou transferir os seus depósitos na agência que a entidade bancária tem nas imediações do Porto de Luanda, como constatou o Expansão no local. Ainda esta manhã, em comunicado, o conselho de administração do Banco Mais comunicou que "não irá praticar nenhum acto que configure exercício de actividade bancária por estar impedido pela decisão proferida no âmbito da providência cautelar", acrescentando ainda que a actuação do BNA "extrapola os poderes de fiel depositário". No entanto, o Expansão apurou que os funcionários do banco estão a trabalhar e os clientes conseguem transferir ou levantar os seus depósitos.

Notícia relacionada:
Revogar as licenças ou multar os bancos Mais e Postal é a questão