Bancos obrigados a despachar excesso de divisas na plataforma da Bloomberg
BNA diz que bancos andam em "contramão" com aviso que obriga a um máximo de posição cambial de 2,5%. Para os colocar na "linha", o regulador impõe venda dos excedentes cambiais na plataforma Bloomberg.
Os 26 bancos comerciais a operar no sistema bancário angolano passam a estar obrigados a despachar na plataforma FXGO da Bloomberg, de imediato, os excedentes de divisas que adquirirem às empresas do sector petrolífero, diamantífero ou no interbancário, de forma a respeitar os limites da posição cambial, de acordo com a directiva n.º 02/2020 publicada esta semana pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
A medida surge pelo facto de "várias instituições financeiras" bancárias não estarem a cumprir com os limites de posição cambial vigentes, conforme diz outra carta-circular do BNA enviada aos bancos, em que o regulador volta a explicar à banca os métodos de cálculos desse limite.
O banco central não identifica, na carta-circular que enviou às 26 instituições bancárias, quais as entidades que têm violado essa norma, mas refere que "tem vindo a verificar que várias instituições financeiras bancárias não têm cumprido com os limites da posição cambial vigentes (...)", nem diz que castigos aplicou a esse grupo de bancos incumpridores.
O Expansão questionou vários bancos sobre a referida carta-circular, incluindo todos os integrantes do top cinco em activos, para verificar o que terá motivado "o puxão de orelhas" do regulador à banca no que toca ao limite de posição cambial, mas até ao fecho desta edição só o Banco de Fomento Angola (BFA) reagiu.
(Leia o artigo integral na edição 579 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Junho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)