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Opinião

Visita do Ministro

Editorial

Pela primeira vez, nos oito anos em que actual estrutura accionista é responsável pela empresa que detém o Jornal Expansão e o Novo Jornal, um ministro da tutela visitou em termos oficiais as suas instalações. Um momento para nós importante e carregado de simbolismo, tendo em conta que, durante muitos anos, a imprensa privada era encarada pelo poder instituído como um grupo de "más companhias que só dizem mal".

Importante também porque, nesta luta semanal de analisar centenas de páginas de relatórios, dezenas de diários da república, cruzar as informações, garantir ao leitor que o que publicamos é verdade e está sustentado, assumimos desde sempre que o mais importante é o País.

E que o País precisa de uma imprensa sem agenda. Capaz de escrever sem autocensura e sem receios aquilo que está mal ou fora da legislação, porque essa é a melhor forma de ajudar quem decide. Que não se limite à simples bajulação ou ressonância dos diversos poderes instituídos.

Ver isso mesmo confirmado pelo ministro Manuel Homem, que a imprensa privada ajuda a corrigir alguns erros da governação, faz-nos sentir bem. Nesta altura em que o discurso presidencial é de defesa acérrima da transparência e luta contra a corrupção, temos a perfeita consciência da nossa responsabilidade. Mesmo que algumas vezes fiquemos surpreendidos por algumas das matérias que temos publicado não terem o devido tratamento pelas autoridades judiciais, pelo menos em tempo útil, não nos retira essa convicção que o trabalho que o Expansão faz todas as semanas ajuda ao desenvolvimento do País. E vamos continuar a fazê-lo.

Da mesma forma que estamos aqui para dizer e escrever aquilo que achamos ser o mais correcto em cada momento, também estamos para colaborar com o Governo sempre que isso significar melhoria para o País. Da mesma forma que achamos que pensar de forma diferente não é estar contra, também defendemos que uma maior unanimidade nas grandes questões ajuda a resolvê-las mais rapidamente. Desde que essa unanimidade não seja confundida com imposição, pensamento único e "sábia orientação". Por isso gostava de dizer-lhe, caro ministro Manuel Homem, obrigado pela sua visita e pode contar connosco dentro dos parâmetros que falámos.

Queria também fazer uma grande homenagem a um dos nossos colaboradores mais antigos do jornal, que fez esta semana 30 anos e que preenche sempre a coluna aqui ao lado, o "imbumbável" Makiko. Parabéns também ao pai Sérgio Piçarra e obrigado pela contribuição para este projecto.