Saltar para conteúdo da página

EXPANSÃO - Página Inicial

Economia

Iniciado em 2012, suspenso em 2016, arranca finalmente em 2021

Terminal Ocêanico da Barra do Dande (TOBD)

O Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD) teve esta semana o (re)início simbólico com a lançamento da primeira pedra pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo. A obra adjudicada à Oderbrecht, rebrading OECI, tem um custo estimado de cerca de 500 milhões de dólares

O projecto da Barra do Dande é considerado estratégico e de interesse nacional, parte integrante dos objectivos definidos no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 do Executivo, e tido como a principal plataforma para assegurar o armazenamento e recepção de produtos derivados do petróleo para as reservas estratégicas, de segurança e operacionais do país, e que se vai estender por uma área equivalente a 22 campos de futebol, com capacidade de armazenamento de 580 mil metros cúbicos de produtos refinados.

O projecto pretende fazer do Dande, a 60 quilómetros da capital, um importante hub de armazenamento e comercialização de combustíveis na região.

As obras da primeira fase do projecto devem estar concluídas até ao final de 2022.

A Sonangol adjudicou à OECI a construção do terminal oceânico da barra do Dande, com o valor global de 547,8 milhões de dólares (465,7 milhões de euros).

O concurso público internacional foi lançado em Janeiro deste ano, tendo apresentado propostas oito concorrentes, dos quais cinco empresas individuais e três associações de empresas em consórcio.

"Pensamos que, pela sua magnitude, o projecto trás, também, enormes benefícios sociais e económicos para esta zona do país, onde se enquadra, quer pela geração de empregos, quer pela promoção de negócios que, de certeza, irão surgir, para suprir as necessidades do Terminal, sendo portanto um factor dinamizador importante para a economia da província, em particular, e do país no geral", referiu o ministro Diamantino Azevedo, citado pelo Jornal de Angola.

Na ocasião, também o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, disse que o TOBD disponibilizará ao país uma infra-estrutura de grande porte, que será construída em conformidade com as melhores referências operacionais internacionais, e que coloca-nos também no rastreio dos grandes pontos mundiais de armazenagem e comercialização de derivados de petróleo.

"Representa um ponto de escoamento da nossa produção nacional e, consequentemente, uma nova fonte de receita para a empresa", disse o PCA da Sonangol, sublinhando que, para o relançamento do projecto iniciado, em 2012, e suspenso em 2016, a Sonangol teve de reavaliar todo o projecto anteriormente feito, para que fosse possível erguer um terminal mais sustentável, seguro e operacionalmente eficiente, e alinhado com a real procura do mercado.

Explicou que o projecto vai contar com uma importante infra-estrutura marítima, capaz de receber navios de grande porte, e por onde se fará a carga e descarga de todo tipo de produtos que chegar e sair do terminal.

A empreitada de construção do TOBD foi adjudicada à empresa OECI, S.A, ao valor de USD 499.057.617,69, equivalente a 316 mil milhões 387 milhões 58 mil e 829 kwanzas e 31 cêntimos, despesa aprovada através do Despacho Presidencial nº173/20, de 1 de Dezembro. As obras terão a duração de 17 meses e mais três para o comissionamento.

Recorde-se que o actual Presidente da República, João Lourenço, rompeu os anteriores compromissos deste projecto, que estavam relacionados com empresas ligados a Isabel dos Santos, e que lhe foram entregues pelo então Presidente José Eduardo dos Santos, pouco tempo antes de deixar o poder.