"Enquanto o crédito produtivo estiver bloqueado, a banca será ou acaba por ser cúmplice directo do atraso económico"
Wilson de Sousa afirmou que Angola precisa de uma banca robusta e sofisticada, ou seja, robusta para proteger uma poupança sofisticada para precificar o risco com precisão, e aberta para ligar o país a capital, tecnologia e mercados. "
O Vice-Presidente da Associação Angolana de Defesa do Consumidor de Serviços e Produtos Bancários (ACONSBANC), Wilson de Sousa, afirmou, hoje, que "enquanto o crédito produtivo estiver bloqueado, a banca será ou acaba por ser cúmplice directo do atraso económico".
Wilson de Sousa falava durante a sessão de encerramento do XV Fórum banca do Expansão, que abordou o tema "O Valor e a Rentabilidade dos Bancos em Angola".
Assim, defende que a banca precisa "direccionar o crédito para criar PIB, com maior uso de scoring sectorial, leasing, factoring e garantias móveis", uma vez que os bancos preferem investir em dívida pública a conceder mais crédito à economia.
O Vice-Presidente ACONSBANC, defende, igualmente, que para destravar as deficiências que o mercado angolano tem enfrentado, a banca tem de sofisticar o crédito com dados e tecnologia. "Quando partilhamos informação positiva, quando usamos analítica preditiva e parcerias com fintechs, conseguimos baratear o risco e libertar crescimento. Sofisticar o crédito é baratear o risco", explicou.
Por outro lado, Wilson de Sousa entende que é necessário que a banca persiga uma eficiência radical. "Eficiência não é corte cego, é: pôr cada kwanza a trabalhar duas vezes", apontou.
Ao concluir, Wilson de Sousa, afirmou que Angola precisa de uma banca robusta e sofisticada, ou seja, robusta para proteger a poupança sofisticada para precificar o risco com precisão, e aberta para ligar o país a capital, tecnologia e mercados. "E termino com esta convicção: a banca não é apenas reflexo da economia - é o motor que pode acelerar a transformação de Angola", rematou.