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Empresas & Mercados

Construção antecipa dias difíceis e anuncia morte de muitas empresas

SECTOR AFUNDA COM A CRISE DA COVID-19

Muitas empresas do sector da construção e de mediação imobiliária estão a enfrentar o risco de falência. O momento é crítico para estes dois ramos e os empresários pedem apoios do Estado e políticas de financiamento do crédito à habitação.

Os promotores imobiliários antecipam dias difíceis e acreditam que muitas empresas vão morrer devido à crise com a pandemia da Covid-19 que atingiu duramente o sector da construção e o mercado imobiliário.

Para trás ficam os tempos antes da crise dos preços petróleo, quando a capital angolana liderava o ranking das cidades mais caras do mundo para expatriados, e era visível a dinamização dos sectores da construção e do imobiliário no segmento residencial, escritórios e espaços comerciais.

Com o "boom" do petróleo, prestação de serviços e o surgimento da classe alta e média angolana a procura imobiliária disparou e vários promotores lançaram-se no negócio. Mas entretanto o sector estagnou e a retoma não será no curto prazo.

Os últimos quatro anos têm sido de sufoco para o sector da construção e em particular do imobiliário. Os promotores e mediadores garantem que depois desta pandemia, só com o crédito à economia será possível dinamizar o negócio imobiliário em Angola.

O poder aquisitivo dos angolanos está em queda desde 2014 e muitos consumidores enfrentam limitações no acesso ao crédito em função da alta dos juros e para piorar, a crise da Covid 19 afundou o mercado imobiliário.

Os preços das habitações, antes da Covid-19, já estavam em baixa devido à recessão da economia e o tombo do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Para os empresários, o ambiente actual vai matar a actividade imobiliária do País e muitas empresas já enfrentam cenários de falência devido à incerteza da retoma da sua actividade que já se debate com falta de encomendas.

Cléber Corrêa, da Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola (APIMA) diz que com a declaração do estado de emergência, o sector da construção e o mercado imobiliário paralisaram e o cenário é de incertezas porque não se sabe quando irá retomar.

"As grandes obras pararam e neste momento apenas restam os promotores de casas sociais e tudo se resume à cedência de crédito. O crédito à habitação precisa ser bonificado tudo porque as pessoas estão sem poder de compra", afirma o empresário, que diz ainda que não vê solução no curto prazo. (...)


(Leia o artigo integral na edição 571 do Expansão, de sexta-feira, dia 24 de Abril de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)